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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Poorly humanity

   Faz tempo que não paro para meditar em certas coisas. Sim, o final de período realmente fez-me incapaz de refletir perfeitamente sobre aquilo que eu deveria, de fato, refletir.
   Em muitos momentos pessoas entram e saem de nossas vidas de maneira tão singela, elas levam coisas de nós, e deixam outras conosco. Há aquelas que pensamos que não precisamos conviver, há aquelas que pensamos que não trocarão nada conosco, há ainda também aquelas com quem não queremos trocar nada e, o tipo mais doloroso, aquelas que optaram por não trocar mais.
   Relacionamentos fazem-se e desfazem-se ao decorrer dos anos, o incrível é como isso acontece. Cada pessoa sempre visa o seu próprio lado, egocentrismo tal que não as torna capazes de cogitar sobre o outro, criam uma fortaleza impenetrável, fortaleza esta composta de certeza e verdade (meia-verdade).
   O mundo gira em torno de um corpo luminoso: o sol. Este, por sua vez, irradia mais de oito planetas em uma pequena galáxia de um universo sempiterno. Nós giramos em torno de nós mesmos, sugando a luz que deveria ser fornecida a outras pessoas. O que poderia ser isso? Uma únia palavra: natureza. O ser humano foi criado para ser perfeito. Corrompeu-se. Hoje é muito menos que imperfeito, muito menos que incoerente, muito menos que indecente. Esperança: there's hope. Sim, se não houvesse, não estaria escrevendo isto agora.
   Seres humanos pensam que podem ensinar. Seres humanos pensam que podem agir como bem entendem. Seres humanos pensam que podem ser Deus, na verdade, é isso o que mais almejam: detentoris verum possessor (de uma maneira figurativa significa "detentores de toda verdade"), serem onipotentes, onipresentes, onicientes.
   Nós, como seres humanos, esquecemos de um pequeno - figurativamente - detalhe: Somos ínfimos em essência. Não podemos. Não conseguimos, não sozinhos. E, o querer agir como Deus, muitas vezes gera aquilo que mais machuca, para ambos os lados: o optar pela não mais troca. O que não significa que isso permaneça latente nos corações por muito tempo. Afinal, the forgotten sands make time forgettable, and nothing's gonna back again like was before.
   Pobre humanidade, às vezes o mais preciso é apenas voltar para casa, ou seja, o impossível.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Deliverance...



    Do latim, significa libertação. É isto que preciso a cada dia mais. Libertar-me daquilo que sempre corre ao meu encalço, dificultando minha respiração, inibindo minha perspicácia, acelerando meu estado de apóxia, matando-me aos poucos e, assim, tornando-me vivo.
    Preferia não respirar de uma vez. Egeo of deliverance (preciso de libertação).
    LATIM, a língua perdida, o símbolo deixado a milênios de geração por geração, a origem do mundo como o conhecemos hoje. Talvez ele seja o único capaz de libertar-me, trazer-me de volta o spiritus vitae.
    Descanso, requiem.

Poema de época antiga

  É difícil pensar com esse barulho, é tormentoso conjecturar com esta infâmia. É estranho, é estranho.
  É impossível enxergar além do que os meus olhos possam ver, era tão fácil antigamente... É, é estranho.
  Meu sentimento mais profundo, a dor da minha garganta não cessa mais, só queria poder dizer: Estranho, sou estranho.
  Justamente agora é o momento que tenho para dizer isto: É estranho, sim, é estranho. É estranho o tanto que quero uma coisa que sei que não deveria querer.
  É estranho, sou estranho. Dane-se você. É estranho.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MHC, uma história

    Complexo de Hiscompatibilidade Principal (do inglês, major histocompatibility complex) é um respeitável subentendente das forças armadas, ele possui vários filhos, e treina-os para o combate desde cedo, mas, apesar disso, ainda são crianças, jovens adolescentes. São tão parecidos e, ao mesmo tempo, tão iguais que são divididos para fazer a mesma coisa, apenas em regiões diferentes da casa. Possuem até nomes parecidos, as meninas gostam de ser chamadas de MHC de classe I, porque são sempre eficientes em fazer tudo direitinho e estão em todo o lugar fazendo o que devem fazer, até na região dos meninos. Também adoram se relacionar. Já os meninos, gostam de ser chamados de MHC de classe II, porque apesar de também fazerem as coisas de forma bem-vista, preferem estar em um canto da casa, apenas, trabalhando da mesma forma que elas, porém em uma área menor. Não gostam tanto de relacionar-se com todos. Nomes, obviamente, em homenagem ao pai inspirador.
    As MHC de classe I, tem um pé no chão, e o outro nas nuvens, vivem pensando e sonhando com o futuro, querendo saber o que vão fazer, demoram muito pra se arrumar quando querem sair, penteiam o cabelo, arrumando-o em partículas mínimas presas com clipses estranhos e, só depois de terem passado por um processo de internalização no banheiro, é que elas vão sair, mas, é claro, não sem antes se olharem no espelho. Elas são eficientes, como já disse, encontram-se em todo o lugar, fazem o trabalho com todo mundo, não tem problemas de relacionamento, apesar disso ser comum na maioria das garotas, seu MHC educou-as bem quanto à isso. São exigentes, também, apesar de estarem com todo mundo, não se ligam a qualquer um, apenas a aqueles playboyzinhos do tipo CD8 que moram na rua de baixo, cabelinho no estilo e tudo o mais. Só se ligam depois que são estimuladas a isso, mas também, quando se ligam, causam uma resposta incrível, "à ferro e fogo não dá" pra segurar essas meninas, que, de santinhas pra se arrumar, depois de encontrar os CD8 só querem brincar de polícia e ladrão com os pivetinhos da rua 3.
    Os MHC de classe II, apesar das semelhanças, são totalmente diferentes de suas irmãs. Como já disse, não gostam de manter essa relação interpessoal com todo mundo, são bem mais seletivos, e, muito mais, na hora de se ligar, poderiam sair pegando qualquer uma, mas uma coisa séria eles só fazem com as CD4. Demoram bem menos pra se arrumar, apenas passam um gel no cabelo pra dividí-lo em partes menores, pegam um dinheiro na sala e depois se apresentam bem na porta de casa. Como são sempre os cantados, e não os cantadores, esperam as CD4 até a hora de aparecerem, não saem de casa sozinhos, mas são profissionais no que fazem. Quando pegam uma, só as largam quando terminam o serviço. Além de exigentes com as CD4 só gostam de sair com as virgens, isso, não sei te explicar o porquê, mas tenho uma leve indicação a dizer-te esta razão. Diferentemente de suas irmãs, possuem os dois pés no chão, são mais sensatos, porém também têm uma rachadura na cabeça, de quando todos caíram de cima do carro do pai, coisa pequena, mas confere a eles um compartimento maior que às irmãs, aguentando entre 10 e 30 quilos, enquanto elas só conseguem segurar de 8 a 11. Parece até surreal, mas, acreditem, é verídico.
    Sim, por mais que pareça estranho, eles gostam muito de esportes de luta, e o que falei antes, não leve para o lado da maldade, eles encontram pra treinar, gastar energia e derrotar as forças do mal. De dia, são simplesmente meninos e meninas normais, mas, de noite, enquanto dormimos, combatem àquilo que não podemos ver, combatem nossos piores inimigos, são o orgulho do pai, defendendo toda a nação, filhotes de major, só poderiam ser soldados eficientes.

sábado, 9 de outubro de 2010

Somewhere in the middle



    I've been looking for a place where I can live. I've been looking for a moment which I could rest, I've been looking for somewhere in the middle, somewhere in the middle where, actually, I'm going to die.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Rainy day




Há muito tempo atrás inspirava-me em dias chuvosos, deleitava-me em vivê-los, assombrava-me de prazer por cada gota que sentia cair em meu corpo estupefato, cansado. A mansidão advinda destas gotas proporcionava-me um estado inerte, onde podia encontrar descanço, repousar.
   As gotas, então, começaram a cair mais vigorosamente, a massagem, que antes elas faziam em minha face, tornara-se um salpicar aprazível, oriundo de uma alegria inexplicável, emergindo de cada poro do meu corpo. Não definir o que era não é algo tão difícil, apenas quem viveu sabe explicar, sabe entender o quão maravilhoso é sentir o que eu senti.
   Este estágio logo é ultrapassado, as gotas não mais são gotas, mas tornam-se pedras, a velocidade com que caem é assutadora, englobando uma área de amedrontrante frustração, o granizo que é formado não são simples minúsculas pedras congeladas, mas corpos maciços de estado aquoso condensado que vituperam toda sensibilidade da alma, gerando uma ardência escaldante e uma anestesia insensata. A dor é tão excruciante que após ela, nada mais torna-se apalpável.
   O granizo pára de cair, penso, então, que está tudo terminado, essa chuva já passou, volto a descansar, imaginando aquele suave gotejar novamente na crista de meus olhos, como colírio que faz-me pestanejar e, finalmente, voltar a sonhar, em paz, em tranquilidade, sozinho.
   Espero que comece a chover novamente, afinal, a cada uma destas chuvas temporãs, meus olhos enxergam melhor, minha visão é mais aguçada, precisa-se de menos colírio, de menos tempo.
   Houve uma ruptura, onde cheguei, hoje não consigo mais voltar atrás. Não consigo explicar, talvez a sua zona de desenvolvimento potencial ainda demorará muito para chegar onde a minha proximal já alcançou: a virtude de entender, de perceber, que esta chuva foi apenas para me fazer crescer, florescer, sair do jardim, jardim de infância, e ir para a mata, a selva acadêmica.

p.s.: ISD rules

terça-feira, 28 de setembro de 2010

JFCK, uma história

    Jorge Foregsaw Charles possuía ardente raiva, ardente desejo de contorcer a outrém, ardente bulbornar, fogueoso estratificar. Era alguém a quem não devia-se creditar confiança alguma. Seus amigos chamavam-no de Charles, mas não o proveniente do inglês, o proveniente do germânico antigo, sendo, foneticamente, Karlex. E, de fato, era assim que preferia ouvir seu nome.
    Aos vinte anos iniciou-se no processo de adaptação e aderência àquilo que sempre vivera. Por quê? Karlex não pensa, quer o seu amor a qualquer custo, dana-se e o faz aos outros por um amor que, em determinados momentos - nos quais ele deveria se portar da mesma forma -, não endereça-lhe nem um terço de um todo infinito feito por sua carapaça aspártica.
    Karlex torna-se, então, inconsequente, inerente, não coeso. E isto deve-se a quê? Entende-se, é perfeitamente entendível, pois esperara mais de metade de sua vida para conseguir o que queria (contabilizando, 12 anos, pois se apaixonara aos oito, e vivera assim desde então, todavia, sua correspondência veio junto com seu ingresso na faculdade, aos 20 anos, Digo mais da metade de sua vida porque aos 23 anos, Karlex sofre um abscesso transmembranar meningitídico, o que lhe causa, em menos de cinco meses, seu óbito).
    Jorge Foregsaw conseguiu o que sempre quis, porém rapidamente o perdeu, e isto somente porque não soube ponderar. Jorge Foregsaw, Charles, Karlex, como preferir falar, foi a pessoa mais apaixonante e apaixonada que já conheci, e também a mais frustrante, desamparada. Um homem por quem valia à pena viver, porém não entendia-se a finalidade de morrer.

domingo, 26 de setembro de 2010

Abruptidão

   Notícias vem e vão num emaranhado de complexidade que não consegue-se entender. Ninguém absorve tudo realmente, ninguém se adequa a todas as hipóteses, ninguém é portador de todo o conhecimento. Dias e noites se passam desde um momento a outro e agora parecem que nem duas horas se passaram, porque o mundo girou e novamente encontro-me no mesmo lugar. A diferença é: o mundo girou. Uma volta foi mais que o suficiente para eu aprender a amadurecer.
   Tentei fazer uma lista para entender o que eu tenho que fazer para resolver determinadas situãções. A resposta é: nada. Não há absolutamente nada a se fazer, o que é para ser feito, fazer-se-á de forma individual.
   Penso e repenso sobre decisões tomadas, atitudes mostradas, passado, futuro, e, principalmente, presente. Como mencionei anteriormente, encontro-me no mesmo lugar deste mundo giratório, novamente vejo-me nesta equivalente situação. A experiência que hoje tenho não me é suficiente para fazer-me dizer algo de prontidão, até porque, aprendi que respostas abruptas não são as melhores saídas para nada. Por mais que seja necessário a perda, é necessário o tempo a que ela está acompanha.
   Encontrar-me novamente nesta situação não é motivo para vergonha, mas de orgulho, porque estou tendo a chance de fazer a coisa certa que antes não fizera e, sendo ela qual for, farei da melhor forma, com a melhor resposta, com louvor. E o "pra quê isso tudo?" será finalmente respondido, um sim, um não, um talvez, um espere, um sonho, um pesadelo. É a simples diferença entre o santo e o profano, aqueles que não se misturam, entre o céu e a terra, o mundo e Deus, o real e a utopia, eu e você, ele e ela, nós sem vós, vós sem eles, eles conosco.

sábado, 25 de setembro de 2010

AHN? Apoptose

    Passei anos e anos ouvindo esta mesma melodia em finais felizes. Hoje, ouço-a em um momento não tão feliz. Os dias escorrem como se fossem gotas de chuva deslizando sobre uma superfície sem atrito, as horas passam como o mecanismo de replicação da fita contínua (sem pausas), mas, mesmo assim, ainda sinto-me desolado. Não sei quem eu sou, não sei onde estou. Perdi meus trilhos, meus textos, minha vontade de escrever, perdi o fôlego, não respiro mais, faço fermentação.
    Abarrotado de pensamentos e coisas, ideologias, novidades, notícias boas e ruins, simplesmente um estado supra que qualquer pessoa possa chegar antes de entrar em apoptose. Esclarecidamente, a animação de qualquer pessoa - seja ela quem for - não vai fazer-me mudar o ânimo agora, porque as pessoas sempre tentam, mas nunca falam a coisa certa, ou fazem a coisa certa, que, no final, é simplesmente o mais fácil e simples de se falar ou fazer.
    É engraçada a vida, em devidos momentos nos faz sorrir, e em outros, chorar. Fica nesta extrema volatilidade, porém não é algo comum, tudo é intenso demais, tudo é forte, poderoso, imponente. Refletir sobre ela não é algo muito aconselhável em certos momentos, mas, ainda que seja assim, é a melhor coisa - sempre - a se fazer.
    Meus olhos estão secos, deles não emanam mais lágrimas. Posso-me definir como "assentimentado", aquilo que outrora já foi expresso em demasia, atualmente é impossível de expressar-se, ou simplesmente falar-se.
     Serodiamente falando, é invívido sentir-me desta forma, contudo não atípico. Deleitar-me-ei em meu pranto e esconder-me-ei em dentro de minha cápsula, minha fortaleza refugiadora. Digo, este é o parágrafo inexorável de meus textos (aquele que, de forma pragmatizadora, converte-os em ininteligíveis) onde 98% dos verbetes em geral não são captáveis por aqueles que os leem. Reflita sobre o bom lado, um dicionário faria seu vocabulário expandir.
     Passei anos e anos ouvindo esta mesma melodia em finais felizes. Hoje, ouço-a em um momento não tão feliz, todavia, quem disse que este é o final?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desabafo, falomermo

   Já faz reconhecido tempo em que aqui não apresento-me, atuando com eu-lírico, ou mesmo com o "você-lírico", porque de eu, não existe mais nada.
   Confesso, não sei escrever textos inteligentes, obviedade é uma característica fluente em minhas veias, assim como o sarcasmo, de fato. E com estas duas características presentes em mim quero montar a última peça do quebra-cabeça (reforma ortográfica?), que confidenciará a todos quanto o lerem (refiro-me ao texto, não ao quebra cabeça =]) a possibilidade de entendimento.
   E aqui inicia-se, fatidicamente (em seus dois sentidos), o texto.

   Expressões expressas expressivamente em um expresso de velocidade expressionista significam que: você nunca verá algo tão relativamente rápido e direto escrito por mim. E o que quero dizer com isto é: sentimentos é uma palavra no plural, que indica dobro, ou qualquer outro tipo de múltiplo de uma palavra no singular: sentimento. Esta palavra sujeita-nos a perder, ganhar, falar, ouvir, crer, desacreditar, isso tudo, em várias coisas, no caso atual, em você (não se assuste, com certeza não é você em si - até porque só você lê o meu blog -, mas o você refere-se a outrém).
   Não consigo deixar de pensar no que pode vir depois, a minha extrema felicidade será perpetuada, ou ela turvar-se-á a outra coisa mais indigna? Espero que a primeira opção. Eu sei (I know) que tudo depende da minha decisão, e pra sua felicidade leitor (e saiba, por mais que eu reflita sobre, a minha também) continuarei acreditando nisto.
   É leitor, és querido para mim, a ponto de ser escrito um post apenas pra você, porque acho que não consegui terminar de dizer-te isto em um dos muitos/poucos (escolha o que quizer) dias em que te vejo.
  Enfim, that's all folks. Marcando presença aqui com um texto que nem parece que fui eu quem escreveu.
O que dá pra comparar é a foto totalmente nada a ver =]

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Deep inside yourself

   Já faz dias que procuro encontrar a saída, porém não a alcanço. Sei onde ela está, posso vê-la, posso sentí-la, a sua irradiação luminosa chega em frestas aos meus olhos, todavia, apesar disto tudo, não consigo tocá-la, não consigo apalpá-la, não consigo tê-la.
   Não é simplesmente dizer que encontro-me preso dentro de mim mesmo, mas é prolixamente abordar sobre um tema demasiado esquecido. Todos sabemos quem somos. Não, isto não é uma verdade icognitiva, não é um experimento absoluto.
   Temos girado em torno de nós mesmos sem ao menos conhecermo-nos como deveríamos, será esta a solução para a raça a qual pertencemos? Será essa a esperança da não extinção? Afinal, se não se tem a origem, não pode-se colocar um fim, porque, teoricamente, não existe.
   Entretando, o ponto em que quero chegar com este texto é: O que realmente escondemos dentro de nós mesmos, dentro de nossa existência humana? Somos quem realmente somos, ou simplesmente somos aquilo que adequa-nos melhor em determinado lugar - e, obviamente, isto é extremamente inconstante?
   É normal do ser humano ter várias facetas. Todos temos. Agora, é normal saber agrupá-las para gerar apenas um "eu" teu? Busco isto, e, por isso, atualmente, prendo-me dentro de mim mesmo. Porque a única maneira de se achar, é se procurando. And looking for deep inside yourself.
   Espero ter-me feito entender.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fotografias...

Valem mais que mil palavras.




sexta-feira, 23 de julho de 2010

Eu vou equalizar você...

Leia em tom irônico e sarcástico (sim, são coisas diferentes)
   Às vezes, quando eu me distraio, se não vigio-me por um instante, transporto-me para perto de você, aí eu já vi que não posso ficar tão solto, pois logo me vem aquele cheiro, que passa de você para mim num estupendo fluxo perfeito...
   Quando você me abraça e me beija o mundo gira devagar...
lalalalalala equalizei este poste u.u

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ser humano

Os seres humanos são animais engraçados. Pensam que sabem de tudo, pensam que conhecem tudo, querem ensinar sem saber, querem falar sem entender, tiram conclusões precipitadas pensando que aquilo é a verdade e ainda querem impor esta "verdade" a nós.
   Seres humanos. Anthropos. Men. Hombres. Em qualquer língua todos eles são iguais, não em sexo, ou raça, ou condição social, mas no intelecto, no profundo sentimental. Todos são seres embebidos de ambição que buscam o que querem mediante aquilo que lhes for necessário para obter.
   Uma dica: se algum dia, pobre animal provido da inteligência de ler este texto, deparar-se com qualquer espécime semelhante a esta descrita acima, fuja, corra o mais longe que puder, desligue tudo o que tiver, esconda-se em baixo da terra, abaixo da água, acima das nuvens... Faça o máximo, mas mesmo assim ele ainda vai te encontrar. E quando isso acontecer, se você já estiver morto, nem teus ossos serão respeitados. Afinal, que fonte biológica é melhor para produção de matéria-prima que a própria vida degradada?
  Provavelmente quando acabar de escrever isto, conseguirão rastrear-me e decepar, no mínimo, a minha cabeça, mas não me importo. Espero ter ajudado vocês. Aqui vai uma foto para reconhecimento:

terça-feira, 20 de julho de 2010

17

  Por favor, eu só quero ficar sozinho, mergulhar em minha noite e esquecer-me do que foi dia.
  Por favor, eu só quero fechar meus olhos, esquecer do que já vi, e então não ver mais nada.
  Por favor, eu só quero me esquecer daquilo que já passou, quero esvaziar a mente, quero flutuar.
  Por favor, entenda-me, respeite-me. Eu apenas quero ficar sozinho. Sentir-me no vazio. Sentir frio, abraçar-me para conseguir aconchego. Apenas quero eu mesmo em um quarto mal iluminado e úmido, onde encontram-se apenas uma pena, uma almofada de tinta e um pedaço de folha em branco, onde eu possa escrever tudo aquilo que me vem à mente.
  Por favor, deixe-me aqui. Eu já tenho 17 anos hoje.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

We've got freedom!

   Após pensar tempos e tempos sobre determinada hipótese, finalmente descubro: sim! Nós temos a liberdade! Ainda que sejamos sufocados por um ar rarefeito, temos a liberdade de decidir continuar respirando pouco, ou não respirar. Há sempre uma hipótese mais crítica àquela que pensamos. Neste caso, decide-se esquecer. Decidem-se abonar. Decidiu-se escrever. Decido-me encarar.
   Independentemente das consequências, que todos sabemos quais são, temos que ter a coragem de pegarmos um balão e jogarmos um cara no deserto com um palitinho na mão. Ou simplesmente catar gaivotas para ouvir os seus grongornalhos (aaaaah, o pinto de pássaros, que saudade).
   We've got freedom! E isso é muito mais do que aquilo que eu, você, ele, ela, ou qualquer pessoa já pensara antes. Sim, we've got freedom. Our freedom. Your freedom. My freedom. We've got freedom!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Chovendo chuva chuvosa

   Mulher é que nem chuva. Repetitiva por natureza, gostosa quando cai perene, horrenda se for tempestuosa. Se ficar tempo demais, enche, se ficar tempo de menos, a seca é insuportável. É escorregadia e faz todo mundo derrapar, mas apesar disso é ela quem traz a vida. Não existe coisa pior que chuva na hora da farra, mas ela é ótima para te manter em casa. Por que será que as mulheres assemelham-se tanto a este fenômeno natural? Acho que é porque ele só é formado devido a junção das massas de ar quente e gelado, que, ao fundirem-se, precipitam. Ou seja, mulheres são inconstantes, bipolares e, com certeza, sempre vão fazer o que mais gostam de fazer com a gente: nos obrigar a suportá-las. (mas quem disse que, às vezes, na maioria das vezes, não gostamos?).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Livro perdido

   Se acharem, por favor, devolvam. Ele foi meu sonho de consumo aos nove anos e não soube aproveitá-lo. Hoje anseio por ele, e quero-o novamente, se você souber onde ele está, contacte-me, por favor.

   O pintor de pássaros - Howard Norman - Editora Rocco

Pedras de amizade

   Ontem li um texto criado por uma menininha de oitava série (ok, ok, nono ano u.u), lembro-me destes meus tempos. Todos pensávamos iguais: "não conseguiremos nos separar, vamos ficar juntos para sempre, você é meu(a) melhor amigo(a), eu te amo". É sempre assim. Palavras são lançadas as outras pessoas com o intuito de tentar deixá-las mais perto. Formam-se amizades mas poucas delas perduram, outras não vemos jamais, e quando vemos, nem nos importamos mais.
   Agora penso novamente, estou chegando numa segunda fase de separação. Fiz novos amigos, novas companhias, pessoas que estimo muito e jamais quero me separar, porém, sei que isto é inevitável. Pessoas que moravam do meu lado (e algumas que ainda moram), meu contato é quase nulo ou totalmente zero, imagine pessoas que moram a decâmetros, hectômetros, quilômetros de distância de mim! Provavelmente, será mais uma chama que irá se apagar.
   Será essa a verdade? Será que nossa essência humana é tão egoísta a ponto de transformarmos em nada aquele(a) que um dia fora nosso(a) melhor amigo(a)? Será que quando os vermos novamente iremos matar aulas de matemática sobre polinômios (¬¬'), ou simplesmente continuaremos lá porque eles já se tornaram nada mais, nada menos, que lembranças de um passado feliz e que não voltará?
   Baseado naquele textinho de uma garota inocente de oitava série (dane-se o teu nono ano, pra mim é oitava e ponto final) posso dizer: a crua e fastidiosa realidade é que um dia nos separaremos de todos, até mesmo de nossas mães e pais, então... o que são essas pessoas que encontramos pelo caminho além de pedras?
   Nooooooooooossa Douglas, você me chamou de nada, de impecilio empecilho (sim, é assim que se escreve corretamente) para a tua vida. Não vou mais ser seu(a) amigo(a)!
   Não, não chamei ninguém de empecilho, apenas disse que são pedras, porém é com pedras que constrói-se um caminho. E cada experiência deixada torna o caminho mais produtivo e melhor de se andar. Agradeço a vocês, pedras queridas, que entraram em meu caminho, tornando-se objetos de valor imprescindível, inestimável, espero fazer o mesmo para vocês. Não, eu não queria, mas sim, é inevitável. Separação faz parte da vida, mas as pedras continuarão lá, e eu lembrarei-me delas pouco, muito, ou quase nada, mas, na essência, saberei que são vocês. Obrigado.

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Parte tragicômica: Havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho, havia uma pedra.
Agora sério: Seja uma pedra bonitinha, não pedra de tropeço =]

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O tempo

   Algo maravilhosamente supreendente, algo estupefaçante, algo emudecedor. Ao som de Gate XIII e Late redemption do Angra posso entender cada segundo e cada instante do que foi passado durante um semestre inteiro. Muitas vezes não entendemos o porquê das dores, o porquê das dúvidas, mas sabemos perfeitamente o porquê das alegrias. Óbvio! Elas nos fizeram bem! Agora pense, se não fosse pelas dores, como as alegrias chegariam? Você teve que enfrentar a dor e a tristeza para poder ficar alegre, já que, se estivesse alegre, a alegria não chegaria. hm*
   Com tudo o que aconteceu em minha vida em míseros seis meses pude compreender o quão importante é valorizarmos àqueles que amamos, porque estes podem se tornar muito mais que amigos, o quão imprescindível é cultivar as amizades, porque, do mesmo jeito que elas precisam de nós, nós precisamos delas, o quão crucial é parar e pensar, e deixar de pensar. É tão maravilhoso poder olhar de fora sua própria vida e entender o que está acontecendo, como um simples espectador.
   Certa vez escutei em uma música (Closer - Inoue Joe) que o quão perto chegamos de uma coisa, mais difícil é de se enxergar tal coisa, e é isto o que ocorre realmente.
   HAHAHA, como é feliz poder vir aqui e falar que eu realmente entendi o que isso quer dizer, e tentar, com isso, passar a vocês. Basta apenas descansar, não se preocupar, lançar os temores para fora, repousar, confiar, sorrir, chorar, gritar, espernear, basta fazer aquilo que lhe é suficiente para extrair toda e qualquer forma de preocupação de você mesmo.
   Estou definitivamente feliz, e entendo o porquê disto tudo agora. Entendo o porquê de escrever isto. Entendo o porquê de entender isto. E entendo o motivo de tudo o que eu passei, momentos tristes e felizes. Os dois resultam em um mesmo produto: The knowlegde *-*

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Breve confissão. Tipo um nada a ver, sacas?

    Eu confesso. Eu gosto de gente lenta. E é por isso que eu gosto de vocês. E é por isso que eu acho vocês perfeitos. Confesso novamente, eu amo gente lenta. =]

terça-feira, 6 de julho de 2010

Verdadeiro significado...

      E enquanto várias pessoas estão interessadas em ver o Eclipse de suas vidas, eu prefiro muito mais é ver o Amanhecer. Chega de turbulência e negridão, chega de Lua Nova, chega de Crepúsculo, chega dessas coisinhas irritantes. Agora eu quero é o amanhecer. Sim, não aquela baboseira que tenta imitar vampirinhos. Mas eu quero o sol, porque ele espanta os vampiros de verdade, e não os faz brilhar. u.u
Eu quero ver a luz do sol que não tenho visto há muito tempo. Don't you?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

É isso aí, moçada!


          Homenageando uma amiga. Este é o tipo de postagem que ela faria...

     E enfim acabaram-se, resta apenas mais uma coisa, pequena coisa, para ser completado o início destas férias de julho. Espero conseguir, quero conseguir, consegui, eu sei disto. E nada vai me abalar, nada pode me tirar do chão, nada pode me levar a ele, nada pode me afogar, ou fazer deixar de voar, e viver nunca tornou-se tão necessário do que o hoje. E morrer nunca tornou-se tão necessário quanto o amanhã. Uma coisa é certa, o viver resta-me hoje, e o hoje é tudo o que eu tenho, no amanhã espera-me a morte, e ela, é a única certeza posterior que possuo, e como ainda não quero pensar na morte, deixo ela bem pra longe, vivendo o viver, hojeando o hoje, e morrendo o amanhã. Viva las férias!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A incrível história de Barguela Bownley

    Vi uma bicicleta, vi um borrão,
    Vi uma história, vi um alçapão,
    Vi um livro, vi a imaginação,
    Deixei-me levar por ela, caí na escuridão.

    Era frio, molhado e cheio de entulho,
    Vi medo, vi coragem, vi Saturno.
    Vi o dia e vi a noite, vi o hoje e o amanhã,
    Vi o biscoito da vóvó, vi também a torta de maçã,

    Vi beijos molhados com Tuninho,
    Vi agouros, vi preceitos
    Vi também gente vestida de preto.

    Vi uma, duas, três vezes,
    Vi tantas mais que me perdi em meses,
    Vi Carlos, vi José, vi Tuninho novamente,
    Vi todos eles me deixarem demente.

    Vi não mais pessoas, vi não animais,
    Vi o final da história, vi não meus pais.
    Vi o verde, vi o azul, vi não o norte, não o sul.
    Vi tudo viajando, viajei vendo tudo.

    Vi flores murchas, vi morte,
    Vi vida, vi sorte,
    Vi Vivi, ela me deu um corte
    Porque Tuninho tinha me pegado no culote.

    Vi o impossível, vi o invisível,
    Vi o forte, o inatingível.
    Vi sol, lua, estrelas e luar,
    Mas este último foi o que veio mais me agradar.

    Vi a entrada, mas jamais vi o fim
    Até hoje vejo o que deu-se em mim,
    Vi barulho, vi sons
    Meus ouvidos não eram muito bons.

   Vi banguelas, vi cinderelas,
   Vi porcos, vi janelas,
   Vi pedras, cidadelas,
   Queria ter visto as aquarelas.

    Nem sei mais o que eu vi depois disto,
    Só sei que vi Barguela Bownley,
    Aquela que me contou o que eu vi,
    Aquela que vi-me no espelho.

  

terça-feira, 25 de maio de 2010

Sexo verbal não faz meu estilo...

      "Palavras são erros, e os erros são seus! Não quero lembrar: eu erro também" - Eu sei - Legião Urbana. (tudo bem gente, licença poética nesse "seus", calma aí).
       E a saudade de escrever aqui inspira-me em qualquer coisa. Tipo, se toca o telefone, pode ser alguém, sacas? Com quem tu quer falar por horas, e horas, e horas?
       OK, parei. Simplesmente deixei-me devanear por este pedaço de música. Sim, Legião tem grandes letras, se não ouviu, ouça (ainda que isso seja quase impossível, mas enfim...).
       Cada vez mais grandes lições temos a tirar de tantas coisas, aprendemos, e precisamos relembrar depois. E hoje relembro esta lição. Nunca julgue um livro pela capa, um artigo por seu título.
       Como por exemplo este, tão, digamos, "intrigante", e feito apenas pra você perder tempo u.u
       Enfim, eu vou escrever algo melhor da próxima vez...
       "Eu sei, eu sei" ...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um sonho


      Hoje sonhei com uma coisa. Foi a coisa mais assustadoramente prazerosa da minha vida. Assustador? Sim, e prazeroso também.
      Sonhei que, em minha mão, morriam três pessoas. Acordei abismado, embasbacado, chocado com o meu intenso e imenso prazer. Tentei sentir-me mal, mas não consegui.
      Será que isto é natural de todo ser humano? Querer o mal àqueles que lhe fazem/fizeram mal?
Por que é tão mais "fácil" se vingar a perdoar? O que seria o certo?
      Perdão x Acusação, qual é a solução?

sábado, 8 de maio de 2010

A diamond with crystals



Se liga no conselho:
Você consegue ver a diferença?
Parabéns, agora separe-os

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O que não lhes foi revelado sobre a última inspiração.

    Vitral = lugar onde, pela imagem colocada, se puderes perceber, há um arqueiro apontando para o alto, visionando alguma coisa. Não é apenas uma imagem. O arqueiro visiona alcançar seu mestre, tenta superá-lo, porém de forma errada, tentando derrubá-lo com aquilo que lhe foi ensinado: o arco e flecha.
    Centro negro = simboliza o alvo errôneo, a dica dada pelo mestre para seu aprendiz - cuja intenção já fora descoberta por seu sábio tutor.
    É importante ressaltar outra coisa na dica do mestre. Este, por experiência e má índole, induz, através de conselhos para "crescimento", seu discípulo ingênuo a fazer a coisa indigna, cometendo o erro fatal, que é matar-se. Porém, faz isto apenas porque descobre os desejos impuros do coração de seu servo.
    Mestre impetuoso, impiedoso e inescrupuloso. Aproveita-se da morte trágica e induzida de seu frágil aprendiz para usufruir do deleite de escrever uma carta de ensinos com seu sangue. Mestre sábio, que aproveita-se da ida do discípulo para ensinar uma lição ainda mais importante: "jamais desonre, ou tente tal coisa, a teu senhor.".
    O mestre, sim, é aquele que ensina, mas também é aquele que não perdoa traição. Mata, indiretamente, sem dó, e utiliza-se da carniça para gerar e perpetuar a sua lição: Jamais tente superar o seu senhor.
______

Douglas R. Moura diz: Beaseado nas palavras do mestre, digo: "Jamais tente superar o seu senhor..." por seus próprios métodos! Utilize-se de novos meios, apetrechos, esse é o mistério.
    "O mestre, criador de ciência antiga, jamais entenderá a ciência nova criada por seu aprendiz. E é assim que este último supera o mais experiente, sobrepujando àquilo que lhe foi ensinado e atentando para novos horizontes: inovando." - Douglas R. Moura





    O espaço ao lado reserva-se para tal criação, tal inovação. Tente, supere-se! Agora não é mais o mestre quem fala. Agora é apenas o criador da história u.u

E então, finalmente, o aprendiz supera seu mestre !

     Então quer dizer que, finalmente, o inútil, desclassificado e ingênuo aprendiz superará seu ágil, algoz e sábio mestre? Sinceramente? Isto é uma hipótese meio impossível. Por mais que o mestre se empenhe a tentar conduzir seu aprendiz a isso, a sagacidade obtida pela experiência jamais será passada de professor a aluno.
     O porquê disto? O mestre hoje foi murrado por seu aprendiz. Sim, por mais poderoso e atroz que ele seja, ainda existem pontos de bondade e fraqueza em sua constituição carbônica, o que não o torna um ser humano diferente dos demais. Diferença? O mestre, piedosamente, não revida, ou revolve, segue em frente, visando vitrais, mirando alvos, construindo ainda mais experiência. Baixar a guarda não foi uma decisão muito sábia, e até mesmo o mais sábio dos sábios necessita saber disso, sendo mais sábio ainda reconhecendo seu próprio erro.
     E o quê isso tem a ver?
     O mestre tem o poder de brincar com seu aprendiz, ensinar pelas mais duras penas, não as físicas, mas as psicológicas. E o que o mestre pode ganhar com isso? Na realidade, o mestre ganha apenas o prazer da vingança.
     Que papo mais fúnebre, miserável, emo e chulo, não? Sim, principalmente emo. Não quero alongar-me mais nesta discussão, até porque raiva e inspiração não podem conviver juntas, não comigo, é perigoso demais. Para mim, para você, para o aprendiz...
    "Vise aquilo que não tens, mire, mire, mire, mire novamente, aponte, mire mais uma vez, e então, finalmente lance tua flecha, não a deixe cair, não a deixe escorregar, não se importe com os adversários, impecilhos e/ou obstáculos, não visione ninguém, apenas o centro negro, o alvo, os vitrais.
    Vise-se. Veja-se. Sinta-se. Tu és o arqueiro solitário." - Conselho de mestre.
    Lindo vitral, belíssimo arqueiro. O mistério do texto é entender a interação dos dois, estando o arqueiro dentro do próprio vitral, ele torna-se o seu próprio alvo, a quem, intencionalmente, porém sem saber, atinge, causando ferida letal, incurável, insanável: a loucura, a morte, o suicídio.
   Infelizmente já é tarde demais para se alertar. Pobre aprendiz, perdeu a própria vida tentando matar seu mestre. E o mestre, com sua frieza, sabedoria e atrocidade escreveu-lhes este texto, fazendo a imprudência de seu aprendiz perdurar nestas páginas, gravadas em sangue, vermelho sangue.

domingo, 18 de abril de 2010

E se eu morasse longe?

    É sempre frustrante saber que as pessoas que mais nos agradam estão a, no mínimo, 100km de distância de nossos corpos, nada que um metrô, ou um 728, ou um avião com destino a Tavira não resolvam. Mas ainda assim, a distância é o obstáculo mais fácil e dificilmente transponível ao mesmo tempo. Apenas pegar uma condução, ou "nooooooooossa, pegar uma condução". A distância gera-nos saudade. Saudade. Uma palavra existente apenas nessa nossa pobre língua, deturpada, movida, crescida, bela, moldada. A língua que tanto amo, e que me faz pensar em demasia. Saudade. A isto resume-se 90% das pessoas que mais amo/amei. Umas já se foram, outras, jamais novamente verei. Resta-me apenas aquelas que, mediante as circunstâncias, a ver tornarei.
    E se eu estivesse longe? Quem transporia todos os obstáculos para seguir-me? Avistar-me? Fazer-me sorrir?
   Longidão, se posso expressar-me desta forma, significa apenas uma coisa: "apenas aqueles que realmente se importam, se disporão a ir, onde jamais foram, para apenas ver como você está/é. Apenas aqueles que realmente se importam, apenas eu, apenas você, apenas nós."
   Talvez o sentido não faça-se a você. Desculpe, mas, dane-se! Não era pra fazer. Isto resume-se apenas em uma deixa da frustração que sinto ao lembrar que os mais distantes, são os que amo mais e que me fazem mais sorrir. Que os mais distantes são aqueles que estão mais perto, dentro de mim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uma conversa com um amigo

     Ainda nesses dias tive uma conversa interessante, um conto ultrajante, algo que jamais poderei esquecer. Palavras que ficaram marcadas, palavras que todos sabemos, mas nunca paramos para pensar que realmente são verídicas nos dias atuais.
    Afinal, o que é real? Pensa-se em amor. Amor? Sim, amor. Contava-me ele sobre o que é o amor.  "Amor: afeição profunda; conjunto de fenômenos cerebrais e afetivos que constituem o instinto sexual." - já dizia o arcaico dicionário despencante do meu avô que está na nossa família por quatro subgerações.
   - Então, diga-me, caro amigo. Se o amor é algo tão bom, tão benéfico, por que deve-se tratá-lo com tanto cuidado? Por que é tão fácil se deixar quebrar este cristal? Por que se perde tão rapidamente, tão superfluamente? Por que, em qualquer circunstância, se odeia mais facilmente que se ama? Por que o ódio é um sentimento tão mais fácil, tão mais cativante? Não precisa-se cuidar dele para o manter, ele não se esvai se não for alimentado, ele não morre, não perece, ainda que passem-se longos anos ao ocorrido para gerá-lo. E o amor? Por que, volto a perguntar-te, por que, amigo, o amor é tão frágil?
   Sem resposta alguma na mente, apenas assenti com a cabeça. Mas não é? O amor, este deveria ser a principal fonte de vida, a origem de tudo. "Fogo que arde sem se ver" - dizia Luiz de Camões. "Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal." - 1ª Coríntios 13.5. E aí? Onde poderia estar o tão falado, tão escrito, tão melodiado amor?
   Tema de inúmeros poemas, manuscritos, canções. Tema de filmes, novelas, lema de nações. Amor.
   Hoje respondo-te caro amigo, não mais com a cabeça baixa, mais com a mesma erguida, visionando uma diferença nesta situação, uma divergência, uma mutação.
   Onde está o amor tão cantado?
   - Ele está escondido, preso, sumido, talvez até abduzido por um ser de um planeta distante. Foi retirado da Terra com o intuito de cegar esta população.
   Talvez fosse algo muito radical para se falar, não é?
   Sim, e é.
   - Não meu amigo, ainda há esperança, há uma chance. Nem tudo foi levado. Assim como você, assim como eu, há pessoas que discutem sobre tal assunto, ainda que poucas, e que, mesmo lendo este pequeno, digamos, artigo, farão ressoar este assunto por suas mentes. O amor, meu caro, não extirpou-se, ele está vivo. De uma forma, ou de outra, está. É isto, o intuito verdadeiro do amor: não se acabar, não se extinguir, não se deixar furtar. Aqueles que o mantém vivo dentro de si, são os verdadeiros amantes, os verdadeiros apaixonantes, aqueles com o domínio do dom supremo, da divina concepção eterna. Aqueles que o mantém dentro de si, são estes que, mediante a tantas coisas, se importarão com suas casas, seus amigos, seus parentes ainda que tudo venha a acabar. São estes que não serão destruídos pelo ódio humano, a ganância, a cobiça, a cólera, a mentira. São estes que não se deixarão levar, são estes que irão se eternizar, em uma palavra, um toque, um som, uma morte, ou talvez até, se preciso, duas. São estes, caro amigo, eu, você, e tantos outros, nós, sim, nós, nós seremos a esperança de transformação do mundo. Não pense pequeno, meu caro, não se limite a sua rua, seu estado, seu bairro, passe isso adiante, isso afronte. Veja o que simples palavras singelas, notórias, verdadeiras podem causar em um mundo deturpado. Seja a diferença. Que esta comece em mim, comece em você, e passe-se a todos os outros: quem ler, quem ouvir, quem viver.
"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." - 1ª Coríntios 13.11-13

terça-feira, 30 de março de 2010

Eclipsando um colapso


Somente hoje fui parar pra perceber o quão importante é estar contigo, ser mais que teu amigo.
       Já faz tempos que venho tentando eclipsar o que chamo de colapso mental, ou seja, te amar. Uma surpresa? (in)Felizmente eu não consegui. A luz do teu sol era, e permanece forte demais para que a minha pobre e dolente lua a contivesse dentro de si mesma.
É assim mesmo que acontece, algo tão forte que não consigo prender inside myself.
Antes eu tinha medo de falar, tentava obliterar aquilo que visível é a todos os olhos.
      Todos sabem, todos tem noção.
      Eu te amo, isto é sem explicação.
      Meu amor, pra quê tantas palavras se aquilo que se sente resume-se em uma só? Pra quê tantos gestos se um só nos é necessário? Pra quê tantas músicas, se só necessitamos de "Trois Vierges - The Score - Epica"? Pra quê tantas palavras se é melhor estar contigo no silêncio?
      "I walk beside you wherever you are, whatever it takes..."
      Perto de você até as minhas palavras, amigáveis palavras, que compartilham tanto do seu saber comigo, se perdem, se esvaem, me deixam, me abandonam. É, elas sabem que não podem competir com você. Palavras juntas correm porque elas não sabem quando fazer mais nexo nexo porque nada nexo sem nada não consigo nexo quando nada palavras porque assim pois penso em fazer palavras feijão batata em você.
    Viu? Deixaram-me D:

sexta-feira, 26 de março de 2010

A man never cries


             Ignomiosa raça machista, movida a sexo, ódio e cobiça, não saber nem o que significa sentir não é o meu conceito de homem. HÁ, podes pensar qualquer coisa, entitule-me do que quiseres, seus pobres, tolos e toscos conceitos arcaicos não são os que farão mudar minha fixa idéia sobre tais ideais.
             "Tên përdu, jhamâi së rëcôbro". Uma coisa que se aprende depois de um momento na vida. "Tempo perdido jamais se recupera", provérbio occitano medieval. Será que é realmente certo deixar de olhar para o passado? Será que verídico é que a tristeza se deixa levar apenas pela morte? Revogo este direito! Sendo eu, cidadão eleito, homem feito, como posso não revidar tal obsoleta e absoluta predição? O que rouba a tristeza não é a morte. Escrevo isto a todos que assim pensam, como eu, um dia, já pensei. Morrer eleva o pensamento, aviva o sentimento, mas, em momento algum, alivia algo.
             Experiência de quem já morreu? Podes falar o que quiseres, já morri? Sim, mas revivi, e daí? Você que nem viver, viveu, quer vir falar de mim?
            Não vive-se para criticar, mas sim para ler, aprender e entender. Depois disso tudo, aplica-seo aprendido naquilo que será mais útil às futuras gerações, aquilo que é guardado e aguardado por multidões, aquilo que é vivo, ainda mais, é eterno. Aquilo que fica gravado numa folha de papel, banhada a tinta, ou a sangue de réu, aquelas palavras que saem da escuridão, imensa escuridão de um coração. Não o sentir, mas o predileta e corretamente escrever o que se sente.
          Esta é a divina arte de viver. O quê? Leia de novo, não vou mais te dizer.

sexta-feira, 12 de março de 2010

" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas " - Pequeno Príncipe

"E então eu vi, pobre, pequeno, minúsculo ser vindo em direção a mim, era ela, minha ela, totalmente ela. Mais coisas a falar? Não são necessárias, apenas ela fala por si própria." - Alguns questionamentos sobre mim mesmo, neste caso, o amor.



Escrever não é a coisa mais incrível do mundo, mas torna-se a segunda. Afinal, melhor que escrever é apenas ler o que antes fora escrito. Lancinantemente agradável (por mais que isto seja deveras surreal) é perceber que me enquadro dentro destes dois tópicos, como um leitor em potencial, e um escritor em treinamento.
Torno-me eternamente responsável por aquilo que cativo, e tenho cativado em mim a motivação de cativar.
Como isso ficou redundante, não? Na verdade, pra mim, não.
Cativar o desejo de cativar é você saber aproveitar aquilo que lhe é dado, e, mediante a isto, aprender como usá-lo, apaixonando, envolvendo, construindo. Logo, aprende-se a cativar assim como aquele menino, perante aquela minúscula flor, aquele amigo que daí descobriu um amor, príncipe tão pequeno, que sobre reino algum reinava, porém de tamanho esplendor, que a todos quanto conhecia, cativava.

Aprender mediante a livros. Esta é a cativação maior.

Surrealidade

Como é tão inacessível à mente humana os trejeitos do coração?
É absurdamente surreal olhar para você e perder aquilo onde estou firmado, flutuar como se não houvesse gravidade, sair da realidade, sonhar. É inconcebível a mim tal complexidade. Como posso um dia estar bem por lembrar de você, e no outro viver um dilema sobre se isso seria realmente o certo a fazer?
Todos os dias tomo consentimento sobre isso. Às vezes tudo parece certo, outras, tudo se torna errado. Eu sei que já foi provado, e é relembrado, mas, para minha pobre, tola e chula mente, é surreal te entender. Quero apenas que saiba que eu te amo, isso é normal acontecer. E você? O que tem a me dizer?