Pages

sábado, 10 de setembro de 2011

Uma redação; Química: nossa vida, nosso futuro.


                Pode-se considerar que tudo começou há milhões de anos quando o primeiro átomo pôde se juntar a seu igual e, então, gerarem a primeira molécula. Esta, por sua vez, logo se apressou a complexar-se novamente, e nesta cadeia infinita de ações e reações surgiu o primeiro ser vivo, ainda muito pequeno, mas com tamanho e qualidades suficientes para evoluir.
                Em constante movimento estes átomos e moléculas continuaram nesta rota interminável de progressão, gerando o primeiro ecossistema. A vida já existia e coexistia, mas ainda faltava algo para que esta pudesse ser perpetuada de maneira evolutiva. A coabitação surgiu. A variabilidade genética começou, e, a partir daí, do mesmo ciclo vicioso que ocorrera anteriormente, diversas espécies de diversos gêneros, famílias e reinos começaram a crescer e a se expandir, vivendo em condições simbióticas. Poucos progredindo para uma realidade independente.
                Surgimos, então, nós, os primatas. Ou, pelo menos, o que éramos antes. O decorrer dos anos continuou, mais espécies surgiram, o canibalismo foi instituído, a cadeia alimentar, os habitats próprios, costumes das diferentes raças, entre outras coisas. Mais alguns anos e chegamos ao que somos hoje: seres dotados de uma superior inteligência e desenvoltura e que, por isso, subjugam todos os outros como se fossem munidos de onipotência.
                A evolução não pára por aí, tudo esteve tão ligado e quimicamente reativo que nem percebemos que aquelas mínimas partículas responsáveis pela origem da primeira forma viva permanecem da mesma forma que eram antigamente, em sua essência, apenas em agrupamentos distintos, o que, definitivamente, causa toda a diferença. Cada gota de água, cada fração do ar que respiramos, cada desastre também tem seus fundamentos na origem de tudo, também veio do mesmo lugar que nós, que somos os atuais responsáveis pela manutenção homeostática deste ecossistema.
                A vida é muito mais do que um conceito inacabado de humanos que nascem, amadurecem, se reproduzem e morrem. Todos tivemos a mesma origem, mas é absurdamente inaceitável o modo como alguns se esquecem disso, pregando a lei do mais forte, subjugando até mesmo semelhantes da própria espécie. E assim, mais uma vez, os átomos “evoluíram”, contudo agora de forma diferente, para uma coisa que não se constitui de ligações químicas, passível às leis da termodinâmica e hidrostática, mas que comporta uma conjuntura de inúmeras outras regras dentro do organismo anteriormente formado na cadeia evolutiva, uma coisa composta de sentimentos: o preconceito.
                Esta arma letal tem dominado a “raça superior”, fazendo com que ela, percebendo, ou até mesmo sem perceber, se destrua cada vez mais, se decompondo, se desmaterializando, tornando ao pó aquilo que antes não passava de poeira. E assim nasce a morte por causas não naturais, seguida de vários outros fatores não mencionados aqui, mas que, infelizmente, contribuem para a transformação da matéria, subjugando a primeira lei formada (“nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”), já que, com isto, perdemos nossa essência, não havendo razão, nem condições, para se fazer um futuro.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Verde e amarelo.



    Já faz tanto tempo que eu não visto verde que nem sei mais se cai bem em mim. Tenho um certo medo desta conjectura, mas... o que posso fazer? É a realidade. O amarelo tem caído tão bem que não consigo mais me preocupar com o verde, sentir prazer nele, pensar nele. Tenho pensado amarelo, visto e vestido amarelo, sentido amarelo. E, não, não é nem um pouco cômico ou legal porque, se tratando de mim, o verde é que seria o ideal (ou natural, do jeito que você preferir).
    Às vezes ainda gosto um pouco de rever o verde. Fico pensando se eu não posso me definir como um cara de duas cores. Afinal, sair por aí com uma camisa amarela na frente e verde atrás não seria nada ruim (ou terrível, dependendo do seu ponto de vista).
    O fato é que: depois de usufruir muito de uma coisa, você SEMPRE acaba se cansando dela, e passa a querer conhecer coisas novas (por isso o amarelo). Mas a grande merda é que: nem todos pensam assim, nem todos NUNCA vão pensar assim. Mas... quer saber? Dane-se. Com o verde tentava ser o certinho, aquele que sempre seguia as regras, comportado, e tantos outros mais sinônimos com acréscimos. Com o amarelo, passarei a ser tudo aquilo que eu não pude, não quis, não consegui ser/ter, e vejo isso como duas personalidades. Mas até o momento em que uma faça a outra sucumbir, serei listrado, cor sim, cor não. Um dia inverno, no outro verão.


    Pra terminar sendo bem viado e parafraseando a esfinge grega: "decifra-me, ou devoro-te".

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

728.



    É incrível como certos números marcam nossas vidas, e ainda mais incrível a posição em que nos encontramos devido a eles. Como já dizia um bom e velho provérbio: um dia é da caça e o outro há de ser do caçador.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Apfelstrüdel.



    Sabe, já faz tanto tempo desde que não nos vemos... Foram pouquíssimas vezes em dias agitados e lotados. O engraçado é que eu lembro como se fosse hoje, teus olhos verdes, cabelos acastanhados, altura, modo como, de esguelha, olhava pra mim um pouco mais do alto, o boné azul - causa esta de reconhecer-te nos outros dias em que te vi, mas não porque esqueci das tuas feições, mas porque era a primeira coisa que eu procurava.
    É cômico pensar que apenas um dia ficou tão fortemente marcado na minha lembrança. Sua cabeleira mais alourada depois de retirar o boné, as palavras, os atos, o olhar, a forma como me evitou no final, o sorriso, a surpresa, o rostinho angelical, peralta e infame, novamente o boné azul.
    Procurei-te durante vários dias neste ano. Não te achei. Fiquei triste pensando no que poderia ter acontecido. Aparentemente estamos tão perto, mas é muito longe se eu for pensar que o perto percorre uma distância consideravelmente vasta, pra qualquer lugar que seja Rio, e talvez não mais ele.
    Olhar para as árvores me lembra você. Passar por Triagem, observar o quartel vazio, sem ninguém fazendo qualquer coisa relativamente signicativa quando olho pra ele, todos os dias, de cima, tudo isto. Ainda sinto esperança de te ver olhando pela janela do carro, andando na rua, pensando, distraindo...
    Foi tão bom, não foi? Pena que, até hoje, não foi de novo. Felizmente a maioria das marcas se vão depois de umas duas horas, mas, curiosamente, outras singelas persistem por mais tempo, chegando a causar rombos em anos. Será que você entende?
    É, quem sabe? Me acha de novo, me chama. Aliás, você nem sabe meu nome, e o mesmo serve pra mim. Prazer, Douglas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Garotos não resistem aos seus mistérios...



Garotos nunca dizem: "não".
Garotos, como eu, sempre tão espertos, perto de uma mulher...

São só garotos.

Porque certas mulheres como você me levam sempre aonde querem.