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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Verde e amarelo.



    Já faz tanto tempo que eu não visto verde que nem sei mais se cai bem em mim. Tenho um certo medo desta conjectura, mas... o que posso fazer? É a realidade. O amarelo tem caído tão bem que não consigo mais me preocupar com o verde, sentir prazer nele, pensar nele. Tenho pensado amarelo, visto e vestido amarelo, sentido amarelo. E, não, não é nem um pouco cômico ou legal porque, se tratando de mim, o verde é que seria o ideal (ou natural, do jeito que você preferir).
    Às vezes ainda gosto um pouco de rever o verde. Fico pensando se eu não posso me definir como um cara de duas cores. Afinal, sair por aí com uma camisa amarela na frente e verde atrás não seria nada ruim (ou terrível, dependendo do seu ponto de vista).
    O fato é que: depois de usufruir muito de uma coisa, você SEMPRE acaba se cansando dela, e passa a querer conhecer coisas novas (por isso o amarelo). Mas a grande merda é que: nem todos pensam assim, nem todos NUNCA vão pensar assim. Mas... quer saber? Dane-se. Com o verde tentava ser o certinho, aquele que sempre seguia as regras, comportado, e tantos outros mais sinônimos com acréscimos. Com o amarelo, passarei a ser tudo aquilo que eu não pude, não quis, não consegui ser/ter, e vejo isso como duas personalidades. Mas até o momento em que uma faça a outra sucumbir, serei listrado, cor sim, cor não. Um dia inverno, no outro verão.


    Pra terminar sendo bem viado e parafraseando a esfinge grega: "decifra-me, ou devoro-te".

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