Pode-se considerar que tudo começou há milhões de anos quando o primeiro átomo pôde se juntar a seu igual e, então, gerarem a primeira molécula. Esta, por sua vez, logo se apressou a complexar-se novamente, e nesta cadeia infinita de ações e reações surgiu o primeiro ser vivo, ainda muito pequeno, mas com tamanho e qualidades suficientes para evoluir.
Em constante movimento estes átomos e moléculas continuaram nesta rota interminável de progressão, gerando o primeiro ecossistema. A vida já existia e coexistia, mas ainda faltava algo para que esta pudesse ser perpetuada de maneira evolutiva. A coabitação surgiu. A variabilidade genética começou, e, a partir daí, do mesmo ciclo vicioso que ocorrera anteriormente, diversas espécies de diversos gêneros, famílias e reinos começaram a crescer e a se expandir, vivendo em condições simbióticas. Poucos progredindo para uma realidade independente.
Surgimos, então, nós, os primatas. Ou, pelo menos, o que éramos antes. O decorrer dos anos continuou, mais espécies surgiram, o canibalismo foi instituído, a cadeia alimentar, os habitats próprios, costumes das diferentes raças, entre outras coisas. Mais alguns anos e chegamos ao que somos hoje: seres dotados de uma superior inteligência e desenvoltura e que, por isso, subjugam todos os outros como se fossem munidos de onipotência.
A evolução não pára por aí, tudo esteve tão ligado e quimicamente reativo que nem percebemos que aquelas mínimas partículas responsáveis pela origem da primeira forma viva permanecem da mesma forma que eram antigamente, em sua essência, apenas em agrupamentos distintos, o que, definitivamente, causa toda a diferença. Cada gota de água, cada fração do ar que respiramos, cada desastre também tem seus fundamentos na origem de tudo, também veio do mesmo lugar que nós, que somos os atuais responsáveis pela manutenção homeostática deste ecossistema.
A vida é muito mais do que um conceito inacabado de humanos que nascem, amadurecem, se reproduzem e morrem. Todos tivemos a mesma origem, mas é absurdamente inaceitável o modo como alguns se esquecem disso, pregando a lei do mais forte, subjugando até mesmo semelhantes da própria espécie. E assim, mais uma vez, os átomos “evoluíram”, contudo agora de forma diferente, para uma coisa que não se constitui de ligações químicas, passível às leis da termodinâmica e hidrostática, mas que comporta uma conjuntura de inúmeras outras regras dentro do organismo anteriormente formado na cadeia evolutiva, uma coisa composta de sentimentos: o preconceito.
Esta arma letal tem dominado a “raça superior”, fazendo com que ela, percebendo, ou até mesmo sem perceber, se destrua cada vez mais, se decompondo, se desmaterializando, tornando ao pó aquilo que antes não passava de poeira. E assim nasce a morte por causas não naturais, seguida de vários outros fatores não mencionados aqui, mas que, infelizmente, contribuem para a transformação da matéria, subjugando a primeira lei formada (“nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”), já que, com isto, perdemos nossa essência, não havendo razão, nem condições, para se fazer um futuro.
Um comentário:
Não gostei muito, não. Mas tá bom já que eu não vou levar o crédito por ela, rs.
A partir de hoje vou pôr um anúncio no facebook: "faço redações, cobro barato". É bom que também já estudo pra redação do vestibular, rs.
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