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domingo, 15 de fevereiro de 2015

For the times I had with him

Um dia de chuva. Merecido para aumentar o estado bucólico em que se encontra toda uma população. População de amigos e de irmãos. Um evento não esperado. Um fim. A perda de uma continuidade. Um lugar onde uma vírgula deveria existir, lá foi suplantado um ponto final. Erradicando qualquer chance de vida. Qualquer oportunidade que poderia existir. Qualquer pensamento. Qualquer sonho.
Hoje um amigo querido se despede de um mundo ao qual ele pertencia devido a tirania do homem. Pelo simples desejo de matar, uma morte acontece. Machuca centenas de pessoas. Apaga a existência de uma.
As lágrimas caem do meu rosto e tornam-se em palavras. Uma chance foi perdida. Uma vida, morta. Uma chama, apagada. Um vento soprado ao longe.
As palavras começam a não ter ligação. O nexo se perde. A formatação torna-se imprecisa. O desespero toma conta. A dor. A angústia. Mais choro. Mais lágrima. Mais tristeza.
Hoje eu perco um amigo que via quase todos os dias. Mesmo que com um simples "E aí?" ou com uma conversa mais demorada. Qualquer coisa. A vida continua, mas um pedaço dela fica pra trás quando alguém que a gente preza falece.
Um quebra-cabeças com uma peça faltando continua tendo sua complexidade, mas jamais expressará a total beleza de todas as peças unidas em conformidade.
Uma peça foi perdida, não por desleixo, ou por falta de cuidados, mas por pura maldade.
E isso é o que dói mais. Tá doendo. Muito.
Abraço, irmão.
Rest In Peace.