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sexta-feira, 25 de março de 2011

Tropismo a tendências.

  E a bola da vez é excomungar o gordinho.


  É potencialmente problemático e terrivelmente intransigente o desejo das pessoas de te culpar por algo que ou elas deveriam ter feito, ou não sabem como fazer, ou simplesmente não o querem.
É incrivelmente relevante o fato de que SEMPRE há alguém pra te culpar por um destes motivos anteriores, e SEMPRE é você quem, OBRIGATORIAMENTE, forçou este alguém a ou não fazer, ou não saber fazer, ou simplesmente não querer fazer tal coisa. 
 É estranho, não é? Pessoas que se dizem autossuficientes, independentes, maiores etc. te culparem e condenarem por coisas que dizem respeito a elas e estão sob a alçada delas. É contraditório. Sim, it is.

  A humanidade gira em torno de culpa. Alguém faz a merda, logo, alguém leva a culpa, porém não necessariamente a mesma pessoa é coroada por estes dois fatos. Isto é uma simples questão de lógica: basta apenas sabermos nos agrupar e escolher uma pessoa mais suscetível ao segundo quesito e, então, por voto de maioria (democracia, pode-se dizer assim), declaramos como culpado, tornando aquela pessoa, na maioria das vezes inocente e até mesmo inconsciente de seus atos (até porque não são seus, né?), réu condenado à sentença.
 É ainda mais cômico pensar que as pessoas são tão volúveis que as mesmas pessoas que te exoneram, são também as mesmas pessoas que querem que você acaricie suas nucas. Profundamente trágico. Implacavelmente perturbador. Como já dissera anteriormente, potencialmente problemático.
  Infelizmente, meus caros, sou uma pessoa muito putativa. Infelizmente mesmo, pois é muito difícil tolerar situações como esta. É algo potencialmente problemático.

terça-feira, 22 de março de 2011

E quando...

Tudo o que a gente pensa desmorona por overdose de informação?

domingo, 20 de março de 2011

Colonizando um país pseudoindependente.


  E estamos voltando àquela tão famosa e comentada estaca zero, onde não passávamos de meros selvagens sem conhecimento de ciência ou literatura, sem abrangência intelectual, onde apenas o instinto imperava, não haviam roupas e os dias e noites eram marcados pelos ângulos de inclinação do sol e da lua.
   Nesses dias alguém, cujo nome não mencionarei, achegou-se ao Brasil e deu várias conferências, onde milhares de milhões de cidadãos brasileiros aplaudiram de pé palavras faladas em sua língua nativa. Uma coisa realmente deplorável, como se aplaudissem um papagaio por ter repetido "quero comida" após você tê-lo dito isto mais de trinta vezes.
   O Brasil de P (atual) não é o mesmo Brasil do T (ex), tanto que antigamente não tinha busha nenhum vindo ao nosso país para tratar de transições petrolíferas.
 Alguns dizem: "Nossa! Trouxe investidores milionários ao país para fazerem a nossa economia andar!", outros dizem: "Quer investir no pré-sal! Auxiliar o offshore! E em troca receberemos financiamento!". O P (atual) disse: "Queremos G20, queremos segurança na ONU", o matracumbanda disse: "hehe, isso é uma coisa para se conversar. Mas... e o petróleow?".
   Séculos atrás, indígenas trocavam espelhos portugueses por pau-brasil. Será que hoje tornaremos ao erro trocando petróleo por oranges? (DEMENDES, 2011)¹. O comercial do MEC adora falar que nossa educação tem evoluído, mas será que é o bastante para perceber que, por trás de toda ajuda política, há uma falcatrua maior ainda?
   Governos são governos, transações são transações, o P é um, o T é outro. Brasil somos nós, e quem vai sofrer? Novamente os [...] {oops! Desculpe, não possuímos mais uma classe assim em nosso país, não é?}. Tomara que ainda seja cedo o suficiente para perceber a indignação até da própria nação nortessoberana sobre o ato-efeito de vir aqui.

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¹ DEMENDES, C. H. da R. Conversa de msn. 1. ed. Rio de Janeiro: Hotmail, 2011. 6p.

sábado, 19 de março de 2011

Infanto-juvenil

   Suspira. Relaxa. Suspira. Tédio. Suspira. Relaxa. Tédio novamente.
   Isso, geralmente, repete-se constantemente. Não há foco de interesse, não há prazer.
   Depois de algum tempo, todas as pessoas atingem um estágio em sua vida de maturidade, onde não suportam mais as velhas coisas, onde não querem mais coabitar com elas, onde não querem mais percebê-las, senti-las, tocá-las, vê-las, onde não querem mais sê-las. Mas... O que fazer quando todos à sua volta não demonstram esse mesmo sentimento/vontade de progredir que você?
   Há pessoas que preferem viver suas vidinhas medíocres sempre naquela mesma bolha, não abrindo os olhos para a realidade e para o mundo. Sinceramente, eu sinto pena dessas pessoas. Pena mesmo. 
   Algumas delas vivem em prol dos outros, outras vivem contra os outros, e, a maioria delas, está numa junção destes dois grupos. Parando pra pensar é simplesmente absurdo, não acha? Bem, eu acho. Qual a finalidade de uma pessoa desvencilhar-se de sua própria vida para tentar acometer outra pessoa de tristeza? Ou esquecer de sua própria alegria para tornar outra feliz? Sinceramente, isso é ser infanto-juvenil.
   Não entenda-me mal, não critico o "tornar alguém feliz", mas o "tornar alguém que lhe destrói feliz, corrompendo sua própria felicidade", por favor, poupe-me de mais suspiros. Do que adianta viver em prol de algúem ou contra outrém se o importante, ou seja, VOCÊ, não participa ativamente destas transformações? Parafraseando: O que motiva a alguém, em sã consciência, a prender-se mais à vida de uma pessoa, seja para bem ou para mal, do que à sua própria. Acho que cheguei exatamente ao ponto: sã consciência.
   Uma criança não é sã segundo os parâmetros da sociedade. Ela não sabe o que faz. Não sabe como faz. Não sabe porque faz. Não sabe e nem procura saber. Então seria mais fácil classificar estas pessoas como crianças? Bem, eu acho que não. Ainda que uma criança seja assim, ela possui uma característica absurdamente marcante em seu interior: ela é pura, não possui resquícios de maldade ou vilipêndio, não possui desgosto. Desta forma, acho mais coerente caracterizar estas pessoas como infanto-juvenis. Sim, possuem a mentalidade imbecil de uma criança, sem querer descobrir o porquê do que estão fazendo e não se importando com as consequências, porém com a malícia e imprudência de um adolescente, destilando poços de rebeldia em cada palavra, cada passo, cada gesto, cada feição, ainda arguindo a qualquer um que bem parecer.
   Tecnicamente, conheço muitas pessoas assim. A elas dedico este post, mesmo sabendo de 80% delas nunca lerão o que escrevi. Sinto pena de vocês. Pena por viverem trancafiadas num mundo com apenas um objetivo: tentar entristecer um coração que é livre, e que, para infortúnio de vocês, não se entristece por prisões do passado.
   A vocês desejo, infanto-juvenis, que parem de fazer publicidade, pois não conseguirão sucesso a menos que seu público-alvo sejam pessoas como vocês, o que, DE FATO, FATALMENTE e FATIDICAMENTE - no sentido de cansativo, não no "de fato" -, não é. 


nota: Mário Frota, não possuo nada contra seu livro, apenas o título ilustra e retrata o que quis implementar em minha retórica. Perdoe-me a má utilização de seus direitos autorais, prometo que não farei de novo (ou não).
   

sábado, 12 de março de 2011

AVADA KEDAVRA! The last green lightning is coming.

    Não foi a primeira, nem será a última vez que ouvirei estas palavras, porém a dimensão de suas repetições ecoam em minha mente propondo em quem poderia o próximo trovão, raio, flash, luz, lampejo, relâmpago, ou tantos mais adjetivos escritos, lidos, ouvidos e vistos acertar.
     Foi usado mais de cinquenta vezes apenas nos quatro últimos livros. São duas palavras fortes, poderosas, estupendas. O que mais dizer sobre elas?
    Já vi tantas homenagens, tantas arguições, tantos "obrigado" e tantos clássicos "vtnc".
    O lampejo verde que mais marcou a vida de milhares de crianças, jovens, adultos e idosos no mundo todo, receberá sua última trilhagem oficial. Após este, em julho, não haverá mais chances, não haverá mais volta, não haverá mais outras inéditas vezes. Existirá a saudade, que, ainda que compensada com as repetições, não será suficiente para sufocar o grito da garganta de todos nós.
    Alguns até fingem que não gostam, não admitem, não possuem esta coragem. Eu já reconheço: Foi o melhor lampejo verde da minha vida, e continuará sendo.
    E como dizia Oliver Boyd e The Rememberalls, este "End of an era" apenas deixará saudades "from the times WE had with them".

quarta-feira, 9 de março de 2011

Florescer


  Ouvindo Oblivion (Lacuna Coil), a voz linda e melódica de Cristininha Scabbia fez-me perceber uma coisa que há muito eu não havia percebido: "I keep wandering away, I'm so deep in disarray, and I keep wandering...". É uma letra realmente muito inteligente se você for olhar por este sentido que vou contar agora (não te criticando, Cristininha, longe de mim, SÉRIO MESMO, pq sei que quando vc ler o meu blog vc não vai gostar disso. Eu gosto de sua música =]). Retornando...
  Ela diz que está vagando e que está realmente confusa, e continua vagando. Uma parte da música explica outra. É incrível pensar assim, não é? Se ela vaga, é porque ela está confusa. Se ela está confusa, não sabe para onde ir, e por isto vaga.
  Aí você me diz: "Tá, Douglas, e o que tem a ver uma coisa com a outra?". Eu te digo: "Ponha-se no teu lugar. É isso mesmo, pare de tentar olhar para os outros e olhe para si mesmo. Veja para onde você está indo. Você consegue ver o caminho traçado? Consegue ver o final do túnel? Consegue se situar? Ou apenas está vagando sem rumo?".
  Eu penso assim: Em determinadas situações na vida nós perdemos o rumo. Deixamos de viver o que deveríamos viver, e nos desvencilhamos da trajetória correta. Acabamos vagando por um trilho qualquer, por caminhos, vales e pântanos desconhecidos. E, a cada passo que damos, mais vontade de se aprofundar no musgo, deitar nas pedras e esperar a terra consumir aparece. A vontade é de desistir. "Já estou longe, não adianta lutar mais, tá muito distante, eu nem mesmo sei aonde estou".
  Agora pare novamente e se ponha no teu lugar. Olhe para o horizonte. Sabe aquele pântano? Aquelas pedras? Aquele túnel sem saída? Olhe novamente para frente, semicerre bem seus olhos para poder ver, é realmente difícil, apenas uma visão apurada consegue. Está conseguindo ver? Aquele cotãozinho naquela pedra rasteira? Aquele ponto branco cercado por lodo? Aquela protuberância no chão desgastado e quente? Consegue ver? Então, ande até ela, caminhe, corra. Quando você chegar este cotão já terá se tornado uma florzinha pequena, feia e quase murcha, mas... Depois que você a alcançar, olhe à sua volta. Perceba onde está. Você realmente vai agradecer por ter se perdido da primeira vez. A flor não é a única e, por sinal, também não é a mais bonita.
  Procuro não mais vagar agora, ou ficar confuso. "E esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Fp 3.13b-14

quarta-feira, 2 de março de 2011

Deixar pra lá.


   Eu tenho vontade de deixar pra lá. Há tantas coisas que precisam acontecer, mas...

         "Às vezes você pensa que será perfeito, mas não é. Às vezes você pensa que será inesquecível, mas no outro dia nem se lembra. Às vezes você pensa que não há coisa melhor, até que encontra algo que supere."

   Tudo é mutável, tudo é transitório. Eu, tu, ele, nós, vós, eles.
   Não mantenho-me confiante que esta será a melhor coisa do mundo. Já estou superando o esquecimento. Já estou preparado para o porvir. Até logo, digo eu, "não volto jamais".