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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Überall liebe ich dich

 
 
   Quão distante estamos. Quantas palavras bonitas você já disse pra mim. Quantos sonhos já foram compartilhados. Quantos momentos. Quantos desejos. Quantos pensamentos. Quão distante estamos. Quantas milhas nos separam. Quantas palavras nos distanciam. Quantas visões nos afastam. Quantos dias já se passaram desde que não nos falamos mais. Quantos segundos já não foram contados esperando uma resposta relativamente rápida. Quantas letras já foram gastas para dizer algo tão simples que está apenas preso na minha garganta. Quantas metáforas serão necessárias para expressar algo que não necessita nem de pontos de interrogação. Quantas afirmações ainda podem ser feitas sem desrespeitar a norma culta e a paciência daquele que lê. Quantas pseudoperguntas sem respostas.
   Quão distante estamos. Quão perto poderíamos estar. Quão cego eu me tornei. Quão alegre poderíamos ser. Quantos aviões poderia pegar. Quantos dias. Quanto saco que nem mesmo eu tenho de escrever isso. Quanta falta.
   Quanto vazio. E eu só preciso de uma coisa pra suprir isso tudo. Você sabe o que é, você sabe quem é. Mas desculpe, eu não voo. Estamos muito longe. Eu te amo. 1, 2, 3 ...
   Na verdade, nem é tanto assim.