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domingo, 22 de setembro de 2013

Quando aprender?

Aquele maldito momento onde a razão supera a emoção e o que antes era escrito com tanto afinco, agora perde a magia e vira apenas algo monótono. Chegando ao ponto onde nada mais consegue fluir. E outro possível lindo texto é terminado pela metade.
Triste. Muito. :(

terça-feira, 23 de julho de 2013

Fogo que arde sem se ver, ou importar



     Aqueles dias em que o frio, mesmo não tão gélido assim, é suficiente para esfriar a chama que arde tão mansamente no âmago. Mesmo sem crepitar ou aumentar em, pelo menos, 5ºC a temperatura à volta, a chama queimava. Mesmo não havendo nada para queimar, ela ardia. Mesmo não tendo como arder, persistia. Mesmo sem vontade de persistir, ela vivia. Vivia sem a espera de um tempo em que recolher-se-ia em sua origem, tornar-se-ia às cinzas e, por fim, se apagaria.
     A rajada de ar frio perfurante e penetrante que sopra de forma a impedir as labaredas de moldarem sua desenvoltura agora vence a batalha. A chama outrora fraca, agora já não existe como fogo, mas como cinzas fumegantes, flamejando o último resquício de vida, na esperança de ainda voltar a arder. Viver, ainda que fracamente, é melhor que perecer. E é isto que não se quer.
     Na concepção de uma pobre chama, uma lareira necessita de lenha para se manter ativa a todo o tempo e prover a segurança do calor que impede que o frio invada, faça morada e, pouco a pouco esmoreça o desejo de continuar ali. Uma chama sozinha, crepitante por pequenos galhos secos inveja aquela que, juntamente com irmãs, queima, arde e surge como onipotente, consumindo o material à sua volta, trazendo de volta o conforto.
     Este é o pensamento que surge naquele estado em que as cinzas se dispersam, sendo sopradas mais uma vez por este vento que, não satisfeito em apagar, agora quer dispersar para conquistar, e reinar como soberano num lugar onde antes irradiava e transbordava aconchego.
     Mais um sopro. Outro. O que pensava ser o último. Agora só resta uma palha incandescente, com interior enegrecido e bordas avermelhadas, o último resquício de vida daquela chama não tão feliz, mas que clama por ajuda, anseia por alguém que se achegue, acolha-a e dê a ela mais uma chance de mostrar aquilo que ela nasceu para fazer.
     O último sopro. Um resultado não tão feliz. Acabou. O remanescente são as cinzas agora sem calor nenhum, dispersas no plano. Varridas para uma pá e normalmente colocadas em um cesto. Por fim, o frio tomou conta, reinou, imperou, dominou, conquistou. Não por muito tempo. Outro conjunto de galhos secos é ajuntado, outra faísca surge. Mais uma. Uma terceira vez. Uma quarta tentativa e uma crepitação se inicia na ponta do galho, fino como um palito, mas combustível suficiente para o iniciar deste novo ciclo.
     A vida retorna. Perene, suave, quente como antigamente. Mas esta não é mais aquela que se perdeu. Nascera de uma nova forma, de uma nova fonte, sem se importar com a semelhante anterior, e sem perspectiva do que acontecerá posteriormente. Mas o vento sabe. Ele continua ali. Continua a soprar. E não se cansa. Não se cansará.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Would be?

    E aí você chega em um mundo completamente novo e percebe que nada é diferente.
Bem, só uma coisa...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Uma palavra, ou duas

     Começar com um "obrigado" é sempre uma boa saída, não? Bem, deveria ser. Porque se o mérito não é totalmente seu, sempre deve-se responsabilizar alguém, e eu o responsabilizo pela mudança que ocorreu. O responsabilizo pela chama que reacendeste dentro de mim. Um amor que estava deveras enfraquecido e apagado, mas que recebeu os gravetos com espessura, tamanho e sequidão suficientes para o fogo crepitar, estalar e voltar a arder e queimar com toda a força.
     Obrigado porque agora sinto ainda mais vontade de terminar aquilo que comecei. Obrigado, muito obrigado, pela ajuda e motivação. Parece algo tão simplório, mas de simples e puro (por mais que nem seja tanto), tornou-se crucial. E aqui está uma modesta e gentil forma de agradecer-lhe, igualmente simplório como você, mas ainda assim crucialmente necessário pra mim.
     Vielen Danke. Thank you. Muito Obrigado.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Quase autoajuda / Keep holding on

      Agora as coisas começam a mudar. Não é mais aquilo que fora outrora. O clima muda. A hora muda. A estação muda. O lugar muda. A vida muda. A saudade surge, a vontade de olhar para trás torna-se iminente, a sensação de trabalho incompleto aparece, o arrependimento vem à mente, coisas que deveriam e/ou poderiam ainda ser feitas, desejos, vontades, anseios...
      A verdade é que nada disso mais importa, em breve iniciar-se-á uma nova fase, um novo momento, uma nova expectativa de vida. Tudo agora é diferente, as percepções, as pessoas, os costumes, os gostos. A única coisa que permanece intacta é a ambição, esta é a mesma de sempre, daquele garoto com seus pequenos 10 anos, e agora deste mesmo garoto, um pouco mais crescido 10 anos depois.
      Continuar seguindo em frente. Não olhar para trás. Focar. Estipular metas. Traçar ambições novas. Alcançar. Conseguir. Conquistar. Chega uma nova etapa desta vida efêmera. Nela encontro-me ainda mais no centro daquilo que realmente importa, voltado para quem eu realmente quero que esteja bem e que alcance aquilo que almeja: eu.
      Não há nada que possam falar que me faça ruir. Não há nada que possam intentar que consiga me fazer desistir. Não há nada que me faça parar de sonhar. Parar de alcançar. Parar de ser.
      So I'll keep holding on, 'cause I know I'll make it through.
 
Só relevar o vídeo e tratá-lo como se fosse uma simples música. Youtube decepcionando-me por não possuir um vídeo decente dessa música ¬¬'
 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Na sua estante (semiplágio)

 
 
     Mais um dia frio e eu aqui sem você. Mais um dia frio em que eu espero ansiosamente pela presença de alguém que ainda não chegou, e nem sei se está perto de chegar. Talvez se houvesse neve fosse mais feliz, pois haveria algo que eu facilmente posso pegar com as mãos; mas talvez não, porque com a mesma facilidade com que posso pegá-la, esta também se esvai, torna ao seu estado líquido e escorre de minhas mãos, deixando apenas a sensação do molhado que não vai secar por muito tempo por conta da umidade do ar.
     Eu acho que eu não ficaria bem com você se não fosse de outra forma que ao teu lado, mas, se não houver jeito, por favor, consegue um lugar pra mim onde você põe as suas melhores recordações. Nem que eu me torne uma moldura que circunda um momento feliz registrado e impresso, e que você sorria toda vez que me vê, mesmo eu sabendo que não está sorrindo por minha causa.
     Está frio, eu queria você aqui perto pra me esquentar. Posso usar mantos e cachecóis, mas nada se compara a aquele calor que surge em mim quando apenas você chega perto, quando apenas você fala aos pés do meu ouvido, quando você toca nas minhas mãos, no meu rosto, me olha nos olhos e me faz fechá-los suavemente, para poder registrar melhor a erupção de sentimentos que sinto neste momento tênue e incomparavelmente excitante dentro de mim.
     Abro os olhos novamente e vejo que não passou de uma miragem, uma ilusão criada por querer muito uma coisa. Talvez fique assim por bastante tempo. Mas eu só não queria que você demorasse muito pra me procurar, nos teus timbres, nos teus risos... Eu estou aqui o tempo todo, só falta você enxergar.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O contra-regras

 
 
     Mais uma vez, da mesma forma, igualmente parecido, mas ainda sem motivo ou solução. Às vezes pode ser um vazio que brota, um "sim" que foi dito em momento incerto, uma frustração bem-interpretada, ou uma conotação mal feita daquilo que realmente é denota e detonativo em minha vida: eu.
     É um turbilhão de pensamentos acoplado a uma avalanche de emoções e possibilidades que parecem utópicas, ou até mesmo reais, se forem vistas de um ponto de vista 45º a oeste. Não sei o que dizer, não sei o que pensar, não sei o que sentir. Eu até queria, queria mesmo, mas parece que tudo o que começa bem, abruptamente me retira a capacidade de raciocinar logicamente e, dois ou três dias depois, altera o campo gravitacional de volta à estaca normal, me forçando a cair, machucar e abrir os olhos para o que realmente aconteceu: eu flutuei em uma magia ainda desconhecida, que eu mesmo apliquei sobre mim, não sabendo diferenciar um levicorpus de um wingardium leviosa.
     Mas a hora chega, e cá estou eu, deitado no chão, olhando para o teto do picadeiro que outrora me forçou a apresentar-me para um público vazio, onde se encontravam apenas três pessoas: meu corpo, minha alma e meu espírito, dois deles conversando, e um ainda triste porque não conseguia se relacionar de maneira agradável com os outros dois.
     Definitivamente, o público vazio até me consola, pois me dá a segurança de saber que apenas eu estou me observando e apenas eu estou aprendendo com tudo isso o que acontece, ou não. Antes isto, do que casa cheia e todos rindo do vexame que eu dei a enfeitiçar a mim mesmo e depois ainda perder o controle sobre isso. Mas, de certa forma, tem alguém que eu queria que visse isso, alguém que fala comigo na calada da noite, ou até mesmo na faladeira da noite. Alguém que chega de sorrateiro, e que vai da mesma forma que chegou. Alguém que conseguiu fazer a união das três partes do eu que não se falavam muito bem. Alguém que, em breve, eu provavelmente vou descobrir que sempre esteve presente no show, e que fechará a cortina após a minha próxima queda. E esta, espero eu, que se dê logo, para eu não flutuar muito alto, e não me machucar ainda mais.

Full of Friendship

     Estar contigo é como estar acompanhado de muita gente, talvez 15 mil pessoas ou mais, mas, de fato, apenas você é suficiente. Segredos, Vontades, Desejos, Dúvidas, Todas estas palavras que não sei a que classe gramatical inserir no momento, isto é tudo o que eu lhe confesso e digo, esperando sempre ouvir uma redarguição, sendo esta um simples "sim", ou uma aferição de alto nível sobre o assunto deveras estudado e posta em prática a fim de me esclarecer algo, ou simplesmente abrir meus olhos e forçar-me a enxergar o que apenas eu não consigo, e/ou quero, ver.
     Não tenho muito mais a falar do que agradecer por este braço e abraço sempre full of friendship que você tem/fornece. Pelos momentos alegres, tristes, bêbados, sóbrios, profanos, santos... Tantos mais. O importante é que ao teu lado o estar sóbrio é igual ao embebedar-se, e o embebedar-se nunca significa que se está ruim o suficiente. Ao teu lado o triste se torna alegre, e o alegre espanta a tristeza, sendo esta própria, alheia, côncava ou convexa. Ao teu lado o imaculado se esconde, e a mácula se perde, mas ambos se pareiam no mesmo local. Ao teu lado é simples, bonito, grande, pacífico.
     Sinto ciúmes. Sou possessivo. Mas quem não quer desesperadamente proteger o que é seu? E APENAS seu? Meu coração se vê como num pingente: tem várias rachaduras, várias formas de ser completado, mas apenas a outra parte é capaz de preencher tudo e deixar da forma que tem que ser novamente. Não precisa de magnetismo, cola, ou qualquer artifício estapafúrdio, apenas proximidade. E é isto que eu quero a cada dia mais cultivar: estar aside of you.
     Obrigado por aparecer na minha vida. Apenas isto.