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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Poorly humanity

   Faz tempo que não paro para meditar em certas coisas. Sim, o final de período realmente fez-me incapaz de refletir perfeitamente sobre aquilo que eu deveria, de fato, refletir.
   Em muitos momentos pessoas entram e saem de nossas vidas de maneira tão singela, elas levam coisas de nós, e deixam outras conosco. Há aquelas que pensamos que não precisamos conviver, há aquelas que pensamos que não trocarão nada conosco, há ainda também aquelas com quem não queremos trocar nada e, o tipo mais doloroso, aquelas que optaram por não trocar mais.
   Relacionamentos fazem-se e desfazem-se ao decorrer dos anos, o incrível é como isso acontece. Cada pessoa sempre visa o seu próprio lado, egocentrismo tal que não as torna capazes de cogitar sobre o outro, criam uma fortaleza impenetrável, fortaleza esta composta de certeza e verdade (meia-verdade).
   O mundo gira em torno de um corpo luminoso: o sol. Este, por sua vez, irradia mais de oito planetas em uma pequena galáxia de um universo sempiterno. Nós giramos em torno de nós mesmos, sugando a luz que deveria ser fornecida a outras pessoas. O que poderia ser isso? Uma únia palavra: natureza. O ser humano foi criado para ser perfeito. Corrompeu-se. Hoje é muito menos que imperfeito, muito menos que incoerente, muito menos que indecente. Esperança: there's hope. Sim, se não houvesse, não estaria escrevendo isto agora.
   Seres humanos pensam que podem ensinar. Seres humanos pensam que podem agir como bem entendem. Seres humanos pensam que podem ser Deus, na verdade, é isso o que mais almejam: detentoris verum possessor (de uma maneira figurativa significa "detentores de toda verdade"), serem onipotentes, onipresentes, onicientes.
   Nós, como seres humanos, esquecemos de um pequeno - figurativamente - detalhe: Somos ínfimos em essência. Não podemos. Não conseguimos, não sozinhos. E, o querer agir como Deus, muitas vezes gera aquilo que mais machuca, para ambos os lados: o optar pela não mais troca. O que não significa que isso permaneça latente nos corações por muito tempo. Afinal, the forgotten sands make time forgettable, and nothing's gonna back again like was before.
   Pobre humanidade, às vezes o mais preciso é apenas voltar para casa, ou seja, o impossível.