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sexta-feira, 26 de março de 2010

A man never cries


             Ignomiosa raça machista, movida a sexo, ódio e cobiça, não saber nem o que significa sentir não é o meu conceito de homem. HÁ, podes pensar qualquer coisa, entitule-me do que quiseres, seus pobres, tolos e toscos conceitos arcaicos não são os que farão mudar minha fixa idéia sobre tais ideais.
             "Tên përdu, jhamâi së rëcôbro". Uma coisa que se aprende depois de um momento na vida. "Tempo perdido jamais se recupera", provérbio occitano medieval. Será que é realmente certo deixar de olhar para o passado? Será que verídico é que a tristeza se deixa levar apenas pela morte? Revogo este direito! Sendo eu, cidadão eleito, homem feito, como posso não revidar tal obsoleta e absoluta predição? O que rouba a tristeza não é a morte. Escrevo isto a todos que assim pensam, como eu, um dia, já pensei. Morrer eleva o pensamento, aviva o sentimento, mas, em momento algum, alivia algo.
             Experiência de quem já morreu? Podes falar o que quiseres, já morri? Sim, mas revivi, e daí? Você que nem viver, viveu, quer vir falar de mim?
            Não vive-se para criticar, mas sim para ler, aprender e entender. Depois disso tudo, aplica-seo aprendido naquilo que será mais útil às futuras gerações, aquilo que é guardado e aguardado por multidões, aquilo que é vivo, ainda mais, é eterno. Aquilo que fica gravado numa folha de papel, banhada a tinta, ou a sangue de réu, aquelas palavras que saem da escuridão, imensa escuridão de um coração. Não o sentir, mas o predileta e corretamente escrever o que se sente.
          Esta é a divina arte de viver. O quê? Leia de novo, não vou mais te dizer.

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