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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pedras de amizade

   Ontem li um texto criado por uma menininha de oitava série (ok, ok, nono ano u.u), lembro-me destes meus tempos. Todos pensávamos iguais: "não conseguiremos nos separar, vamos ficar juntos para sempre, você é meu(a) melhor amigo(a), eu te amo". É sempre assim. Palavras são lançadas as outras pessoas com o intuito de tentar deixá-las mais perto. Formam-se amizades mas poucas delas perduram, outras não vemos jamais, e quando vemos, nem nos importamos mais.
   Agora penso novamente, estou chegando numa segunda fase de separação. Fiz novos amigos, novas companhias, pessoas que estimo muito e jamais quero me separar, porém, sei que isto é inevitável. Pessoas que moravam do meu lado (e algumas que ainda moram), meu contato é quase nulo ou totalmente zero, imagine pessoas que moram a decâmetros, hectômetros, quilômetros de distância de mim! Provavelmente, será mais uma chama que irá se apagar.
   Será essa a verdade? Será que nossa essência humana é tão egoísta a ponto de transformarmos em nada aquele(a) que um dia fora nosso(a) melhor amigo(a)? Será que quando os vermos novamente iremos matar aulas de matemática sobre polinômios (¬¬'), ou simplesmente continuaremos lá porque eles já se tornaram nada mais, nada menos, que lembranças de um passado feliz e que não voltará?
   Baseado naquele textinho de uma garota inocente de oitava série (dane-se o teu nono ano, pra mim é oitava e ponto final) posso dizer: a crua e fastidiosa realidade é que um dia nos separaremos de todos, até mesmo de nossas mães e pais, então... o que são essas pessoas que encontramos pelo caminho além de pedras?
   Nooooooooooossa Douglas, você me chamou de nada, de impecilio empecilho (sim, é assim que se escreve corretamente) para a tua vida. Não vou mais ser seu(a) amigo(a)!
   Não, não chamei ninguém de empecilho, apenas disse que são pedras, porém é com pedras que constrói-se um caminho. E cada experiência deixada torna o caminho mais produtivo e melhor de se andar. Agradeço a vocês, pedras queridas, que entraram em meu caminho, tornando-se objetos de valor imprescindível, inestimável, espero fazer o mesmo para vocês. Não, eu não queria, mas sim, é inevitável. Separação faz parte da vida, mas as pedras continuarão lá, e eu lembrarei-me delas pouco, muito, ou quase nada, mas, na essência, saberei que são vocês. Obrigado.

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Parte tragicômica: Havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho, havia uma pedra.
Agora sério: Seja uma pedra bonitinha, não pedra de tropeço =]

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