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domingo, 18 de abril de 2010

E se eu morasse longe?

    É sempre frustrante saber que as pessoas que mais nos agradam estão a, no mínimo, 100km de distância de nossos corpos, nada que um metrô, ou um 728, ou um avião com destino a Tavira não resolvam. Mas ainda assim, a distância é o obstáculo mais fácil e dificilmente transponível ao mesmo tempo. Apenas pegar uma condução, ou "nooooooooossa, pegar uma condução". A distância gera-nos saudade. Saudade. Uma palavra existente apenas nessa nossa pobre língua, deturpada, movida, crescida, bela, moldada. A língua que tanto amo, e que me faz pensar em demasia. Saudade. A isto resume-se 90% das pessoas que mais amo/amei. Umas já se foram, outras, jamais novamente verei. Resta-me apenas aquelas que, mediante as circunstâncias, a ver tornarei.
    E se eu estivesse longe? Quem transporia todos os obstáculos para seguir-me? Avistar-me? Fazer-me sorrir?
   Longidão, se posso expressar-me desta forma, significa apenas uma coisa: "apenas aqueles que realmente se importam, se disporão a ir, onde jamais foram, para apenas ver como você está/é. Apenas aqueles que realmente se importam, apenas eu, apenas você, apenas nós."
   Talvez o sentido não faça-se a você. Desculpe, mas, dane-se! Não era pra fazer. Isto resume-se apenas em uma deixa da frustração que sinto ao lembrar que os mais distantes, são os que amo mais e que me fazem mais sorrir. Que os mais distantes são aqueles que estão mais perto, dentro de mim.

Um comentário:

Juliana disse...

É complicado quando a saudade não pode ser simplesmente saciada como alguns outros sentimentos.. =|
beijoos