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sábado, 31 de dezembro de 2011

Desenterrando o ouro.


    Há algum tempo atrás escrevi algo sobre enterrar meus talentos, deixá-los serem sufocados e esquecer deles por desânimo. Quer saber? Cansei disso. Vou desenterrá-los e mostrá-los pra quem quiser ouvi-los e ve-los, não pra quem apenas critica. Pra esses mostrarei também, e o meu crescimento.
    Agora preciso ir, estão me requisitando. To indo correr atrás daquilo que ninguém corre por mim.

Já na prorrogação...


    Depois do post mais melancólico do ano sobre o próprio, hoje, aos minutos finais da prorrogação, uma das melhores coisas aconteceu. Tenho certeza de que esta foi só pra eu não perder as esperanças de vez e, ainda que eu falhe no ano que vem, continue tentando. Então, galera, feliz ano novo. Aproveitem bastante 2012, porquem em breve, tudo chegará ao seu fim, como já diziam os mais.


Oh, oh, I want some more
Oh, oh, What are you waiting for?
What are you waiting for?
Say goodbye to this year tonight :)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano de nada

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2011.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Baby it COULD outside

    Se fosse aqui dentro, não poderia.
    Por que você não fez lá fora o que você fez aqui dentro, então? Se fosse longe o suficiente, congelaria. Mas você decidiu fazer no aconchego, bem pertinho da lareira, onde eu me aquecia. Agora a chama é bem fraca, não é suficiente pra me sustentar por muito tempo, e você logo terá de ir embora. Eu sei, lá fora está muito frio. Infelizmente aqui dentro ficará frio do mesmo jeito. Olhe para a janela, o que você vê? Melhor, não olhe, o vislumbre do teu rosto de lado me faz lembrar de como "gosh, your lips look delicous". Desculpe-me, você precisa ir. Não me importo mais se pegar pneumonia e morrer. Baby it could outside, mas não aqui dentro. Vá. Seus parentes já começaram a se preocupar. Deixe-me aqui sozinho em minha lareira quase apagada. Em breve a chama sucumbirá e eu procurarei outra forma de sobreviver. Por favor, apenas vá. Não se ligue mais a mim. Eu sei, está frio lá fora, mas já disse: aqui ficará pior. Agora vá. Também não queria. A culpa não foi minha. Não insista. You simply must to go, fuck off if it's cold outside. Estou começando a tornar-me repetitivo. Pela última vez: vá, prometo que eu ficarei bem.
    E você se foi. Pra nunca mais voltar.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A mentira vestida e cozida.



    Alguns preferem se deparar com a mentira vestida de branco e pavoneada com lantejoulas e pérolas de ouro. Eu já prefiro a verdade. Nua e crua. Digo, e sem pensar, aquilo que eu acho. Rudemente. Magoantemente. Às vezes, desnecessariamente. Mas pelo menos não finjo pensar aquilo que não penso.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

So raise your glass when you are wrong...

In all your RIGHT ways.

    Às vezes não foi nem por querer. Foi por inocência. Então não se deve haver lamento, discussão ou discórdia, mas deve-se brindar pelas coisas erradas que se fazem, visando uma coisa melhor.


Why so serious?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Sexo verbal não faz meu estilo...

   Já menti sobre isso duas vezes aqui. Cansei de mentiras. Faz meu estilo, sim. Beijos. E chupões.

Época de redescobertas.

Esperança. Algo que não se pode ter todo dia. Não por ser maleficente, mas por ser a única coisa capaz de trazer frustração extrema após ser deturpada.
Sonho. Ideal preferencial daquilo que se enseja. Não que seja algo ruim, mas, na maioria das vezes, também não é algo bom.
Realidade. O segundo citado, depende do primeiro. E isto, meu caro (a), é o que o torna deveras pior de ser realizado.

    Em tempos como os atuais, sinto-me um tanto quanto tolo por ainda acreditar em certas promessas, ainda me deixar levar por certos pensamentos, ainda me encantar com devidas situações. Tolo. Isto só tem uma explicação pra mim, aquela mesma do motivo pelo qual tenho mudado tanto: é uma época de redescobertas, onde, parece, retornei à pré-adolescência. Sentindo tudo de novo. Agindo tudo de novo. Pensando tudo de novo. Mas com aquela mesma carcaça velha, de um adulto em sua fluorescência juvenil. Convenhamos, nem tão velha assim, rs.
    Uma época que possui um tempo de adaptação, tempo este de muitos erros, grandes erros, mas também muitos acertos, sendo que estes em proporções bem menores que os erros. Época em que tudo aquilo que se aprendeu até ali, não significou muita coisa, e é necessário que se aprenda tudo de novo, incluindo novas vertentes e coisas nunca vistas antes. Uma época de redescobertas. Sobre eu, tu, ele, nós, vós, eles. Sobre tudo. Sobretudo. Preto, de preferência, porque expressa uma das coisas mais marcantes desta fase: a incoerência. Incoerência das descobertas, podendo estas serem preciosas, ou não.

sábado, 10 de dezembro de 2011

I dream of paradise



    Saber que tudo está errado, e ao mesmo tempo tão certo que não há motivação para se levantar e concertar algo que poderia tornar o putativo pior em melhor. Pra quê deixar de apenas sonhar se nos sonhos não carregamos fardos pesados? Pra quê enfrentar a tempestade se eu posso, simplesmente, fechar meus olhos e sonhar com o paraíso? Não é covardia, não é medo, não é ultraje, não é vilipêndio, não é nada. Na verdade, é isso: nada. Nada que eu possa falar, escrever, ouvir ou sentir. Apenas isso: meu momento comigo mesmo, em que sonho nunca mais acabar.

This could be para, para, paradise... ♫

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Amador

    Já tentaram me dizer que não sou bom na única coisa em que me acho bom. Sinceramente, não me acho tão bom assim, mas pelo menos bom o suficiente para sempre receber favorecimentos. Não sei se isto é um mimo mal acostumado cravado em minha cabeça não pensante a partir do pressuposto de que sempre há um dos tais ao final de cada apresentação, ou se é algo proveniente da minha mente orgulhosamente demente, que não para de tentar se autoafirmar em uma coisa sobre a qual poderia fazer isto, mas não deveria.
    A melodia harmoniosa que ouço hoje não é a mesma de dois anos atrás. A involução tem sido dominante à evolução recessiva. Aquilo que eu podia fazer, e o fazia com facilidade, hoje necessito de um pouco mais de esforço. O que será que está acontecendo? O que será que mudou?
    Há muito tempo ouvi uma parábola que pregava sobre um jovem que enterrara seus talentos. Este alguém não os fez multiplicar, assim como os outros que arriscaram e, no final, obtiveram o dobro de cada quantia fornecida a eles. Entretanto, ao esconder seu talento, o jovem deixou que este fosse sufocado sobre a terra, fora do contato com o ar, fora da visão das outras pessoas, e até a dele mesmo. Quando o desenterrou foi apenas por uma razão: perdê-lo.
    Será que eu cheguei a este ponto? Nunca antes ouvira alguém se portar a mim como portaram-se há algum tempo. Talvez seja apenas imaginação de minha mente, já que ainda ontem o favorecimento reergueu-se após um longo ano de expectativas. Mesmo assim, aquela desmotivação me tocou. Porque eu realmente percebi que não sou mais o que eu era antes. Não tenho mais o que eu tinha antes. Enterrei o meu talento. Estou deixando-o apodrecer em baixo da terra. E, quando desenterrá-lo, será apenas para perdê-lo.
    O tempo passa, e há mais algumas chances de eu escavá-lo e ainda encontrá-lo denegrido, mas não totalmente ruído. A única e absoluta questão é: será que eu realmente quero isto?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Experiências.

  

    São boas dependendo de com quem. São ruins dependendo de onde. São médias dependendo de quando. Todavia, sempre deixam uma marca em você. E o teu cheiro não sai de mim há dias.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Me esperem, já chego lá!

    Poucas palavras não conseguem expressar o que sinto agora. Me esperem, já chego lá! Apenas preciso findar esta semana cheia de intempéries, frustrações, pesadelos e provas subsequentemente demoníacas.

domingo, 13 de novembro de 2011

Rascunho que não será completado, mas que já exprime coisas demais para se suprimir de tornar-se um texto.

    Eu estive triste por alguns dias. Sabe, tristeza não é algo que vem e vai embora rápido. Ela chega por algum motivo, e só se vai devido a outro, ou até mesmo pela inversão de valores do motivo que a fez vir.

    Percebi que esta minha tristeza estava aqui por causa de mim mesmo, e ninguém mais. Resolvi mudar. Mudar radicalmente. E mudei. Fiquei duas semanas mudado. Senti um vazio. Falta do que eu fazia e era antes. Pensei em não ser mais tão radical e afrouxar um pouco as rédeas, mas isso não era a solução.

    Resolvi mudar novamente. Tentei. Não consegui. Alguns fatores me fizeram permanecer neste estado e, sinceramente, eu gosto deles. Estou feliz por estar me divertindo mais, me esbaldando mais, me aproveitando mais, e aproveitando mais aos outros também. Aí sim eu mudei. Pensei que estava exagerando demais nessa perpetuação da minha mudança radical e, de fato, estava. Parei pra olhar muitas coisas que havia feito e me arrependi. Mudei novamente. Mudei. Mudei. Transmutei.

    E aí você me pergunta o que sou hoje, no que me transformei, o porquê de eu mudar tanto? Eu te respondo que sou a mesma coisa de sempre, do mesmo cara de sempre, pelo mesmo motivo de sempre. E aí você fica confuso e me pergunta: "ué? Mas não tinha mudado?". E, novamente eu te respondo brevemente: "sim", porque acho que apenas uma sílaba é suficiente para responder algumas perguntas, ainda que após a resposta pairem dúvidas no ar e, sem dúvidas, esta é a intenção.
  

Desejoincontrolável#



    É o de discar oito números e ligar pra tua casa. Mas sei que não posso. Queira poder. Queria agora. Permita-me. Vontade absurda de ouvir tua voz me dizendo besteiras, ou até mesmo coisas sérias. Se o deitar-me e aconchegar-me em minha cama significasse que você estaria prestes a ligar, tenha certeza, não pensaria duas vezes em fazer isso. Nem que fosse só pra ficar rindo do teu silêncio, ou vice-versa. Queria poder. Mas sei que não posso. See you tomorrow.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

When you get what you want, but not what you need.



Queria escrever algo aqui. Mas pra quê escrever se as palavras estragariam a poesia?

Lights will guide you home and ignite your bones. Of course, believe me, I'll try to fix you.

sábado, 5 de novembro de 2011

Esquece?

Esquece tudo o que eu já disse?
Esquece tudo o que eu já pensei?
Só esquece?
Vamos começar do zero: você ainda não sabe de nada, eu também não. Talvez seja melhor assim.
Porque lembrando de você eu não consigo fazer bem a segunda coisa que mais gosto de fazer. E você não me deixa nem fazer a primeira, por embrulho de voz.
Isso não é um adeus, não é um fora, só é um "esquece".


Eu tenho saudades da época em que compor não era um fardo, e eu o fazia bem por amor, e não por processividade. Me dê uma razão pra inverter isto. Ou melhor: não, não dê nada, não. Só esquece.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sozinho.

   
Eu só queria ser corajoso o suficiente pra publicar o que eu penso sobre isso aqui.
Confesso, posso ser corajoso pra muitas coisas, mas agora tenho medo.
Tenho medo por não ter você aqui.
Tenho medo por me sentir sozinho.
Tenho medo porque não sei qual será a tua reação.
Tenho medo porque posso falar demais, coisas que não quero falar, talvez até que não devesse (não agora, pelo menos).
Tenho medo porque acho que quanto mais aprendo sobre você, mais entendo que não sei nada.
Tenho medo porque quanto mais me achego, mais sei que me afasto.
Tenho medo de ser indelicado quanto à tua situação.
Tenho medo porque quanto mais fundo eu vou, mais consigo ver tua tristeza por algo que não posso ajudar a mudar. Não agora, pelo menos.
Tenho medo, mas isto não significa que demonstrarei isto a alguém. Nem a você. Não agora.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Olha eu.


Imberbe jovem ainda a perambular pelas ruas,
Suave, perene, mirando as pernas seminuas
Das pessoas que tragam o que não deveriam tragar,
Pessoas que levam o que não deveriam levar.

Imberbe jovem ainda a sonhar com as estrelas,
De aparências voluptuosas e austeras.
Anda vagando por simplesmente perambular,
Vaga perambulando sem saber por onde andar.

Teus pés confundem-me a mente,
Teus olhos convergem-me a demência,
Cataclisma sensorial advém em tua presença,
Já que é dela que escondo-me como transparente.

Tento tentar ser imperceptível,
Mas não consigo ocultar o avermelhar quando a ti me achego.
Tento não te olhar para o aproximar-se parecer intangível,
Mas refuso a ideia de perder a ternura do teu aconchego.

Ainda que isto seja apenas na utopia da minha humilde mente,
Já dissera uma vez aqui, a culpa é tua, que me deixa demente.
Comicamente decaio no meu próprio conceito de rasguardar,
Já que, em tão pouco tempo, me encontro em "a ti me entregar".

A noite já se finda e ainda estou aqui pensando em você,
Talvez não em você, mas no "nós" que poderia ceder,
Talvez não nós, talvez apenas eu,
Porque, contando em ceder, você já cedeu.
Quem sabe pra mim, ou pro Romeu.
A verdade é, jovem meu,
Que eu já quero ser teu,
Mesmo que você nem olhe eu.

Douglas R. Moura

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Entalpia.



    Hoje é um daqueles dias em que você acorda, pensa que tudo vai dar certo, mas nada ocorre como o esperado. Cada vez mais as pessoas que você ama se afastam de você sem nem mesmo te dizer um adeus. Aqueles que já foram amigos, irmãos, ou até mais que isso, hoje te olham de esguelha, do outro canto da sala.
    É engraçado pensar sobre isso. É doloroso também. Mas, ao mesmo tempo, é feliz. Com cada perda, há inumeráveis ganhos. Ganhos que podem não ser vistos de imediato, mas que são percebidos posteriormente, e, às vezes, nem por você, mas por outros que se achegam.
    O difícil é só parar pra aceitar e engolir essa fase de transição. Mas a vida é feita delas, cheia delas. E, entre cada uma destas, apenas um ou dois átomos da sua porção de ouro não se oxidam e se perdem. O engraçado é que, por ser um metal nobre, não é facilmente oxidado, contudo, pelo mesmo motivo, também não é facilmente reduzível.
    Ainda pode ser bonito, mas não é mais como antes. Ainda pode ser ouro, mas não é mais tão valioso. Ainda pode retornar ao zero, mas a energia gasta pra isso é tão alta que não compensa. Sempre há uma chance. A questão é se estamos dispostos, ou não, a dispender tempo e energia pra converter um estado temporariamente não favorável. Ou se esperamos comodamente ele chegar a seu equilíbrio termodinâmico sem influência do meio externo.

Tinindo. Brilhando. Fosforecendo de limpo.





É como se você fosse alguém muito meticuloso e fachinasse meu coração: pra quem olha de fora está lindo, impecável, mas pra quem vive lá dentro está horrível porque não se consegue achar nada. Está tudo fora do lugar, e você nem sequer volta aqui pra me dizer onde escondeu minha felicidade.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

E pra quê demonstrar tristeza...



     Se posso aparentar felicidade e evitar perguntas desconfortáveis de pessoas indesejáveis?

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

E é por você ser tão metido...



    Que se torna tão engraçado. Porque eu rio da mediocridade do seu intelecto. E esse desejo de querer sempre se mostrar superior é que é comicamente insuperável. Obrigado pelas boas doses de riso.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

You were everything...

   

Everything that I wanted.

Mas nem tudo aquilo que queremos, podemos ter. E, em muitas vezes, agradeço a Deus por isso. Porque nem sempre aquilo que queremos, é aquilo que nos trará o final feliz...

Our happy ending.

domingo, 16 de outubro de 2011

Gosto de ir embora...

    E te dar tchau apenas pelo prazer de ouvir você falando "se cuida" da forma mais amigável possível. Mas retorno antes de se completarem dez segundos porque quero mais um pouco da sua companhia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Little words.



    Sabe aquela primeira vez? Você pensando que eu ainda não tinha escrito nada sobre você... Tolidez, se é que posso chamar assim. Estava bem debaixo do teu nariz, você sabia, me questionou e tudo, mas eu, é claro, neguei. E ficou por aí. Mas, no fundo, você sabia.
    Confesso que no início não me importava, só pensava em mim. Mas depois conheci a magia de estar com você, de conhecer teus amigos, teu amor, teu jeito de falar, de escrever. Me envolvi de verdade. Não é algo bobo, acredite.
    Em momentos como esses é que sabemos em quem realmente podemos confiar, depositar nossos choros, nos calarmos e só repousarmos a cabeça sobre um peito arfado, o suficiente para que as palavras que saiam de nossa boca, não se percam em nossa mente, e as lágrimas que caem dos nossos olhos, lavem o coração outrora partido.
    Muitas palavras, ou palavras difíceis, não vão resolver. Uma ligação também não. Um abraço, talvez. Mas saiba que, por mais distante e próximos que estejamos (728, apenas), este é o ato mais simplório e verdadeiro que posso fazer por você neste momento. E saiba ainda que, por mais que seja simples, é inestimavelmente valioso, não por mim, ou por você, mas pelo elo que se formou.
    Hope you feel better.

domingo, 9 de outubro de 2011

Nunca...

    Diga não pra mim, eu não vou poder te explicar, te falar que eu também me assusto muito. Você nunca vê que eu sou só um menino destes tais, que pensam demais, logo mais vou correr atrás de ti...


    Existem coisas que nós nunca entenderemos. Esta postagem é uma delas, pois não há fundamento para sua existência, apenas o reflexo em uma música escutada muitas e muitas vezes, que não me diz absolutamente nada, mas ainda assim ecoa nos meus ouvidos e lábios, porque a melodia é suave o suficiente pra me encantar.

sábado, 8 de outubro de 2011

TDH





Eu tenho mania:

De abrir e fechar tampas só pelo prazer de ouvir o barulho que faz;
De não deixar o chinelo virado quando o tiro;
De sempre dar duas voltas em qualquer fechadura com a chave;
De lavar as mãos com água e sabão (ou álcool, quando tem por perto) sempre que encosto em alguma coisa por acidente;
De escrever números até cansar, ou até sentir vontade de parar em algum múltiplo de cinco, apenas.
De nunca trancar uma porta, a menos que eu vá dormir;
De acender isqueiros, com direito a queimadura na ponta do dedo;
De observar o fogo consumir o palito de fósforo;
De apertar aos outros;
De morder a mim mesmo no braço quando estou com ele levantado por mais de três minutos;
De fazer medo nos outros, porque sei que sou estranho, e também sei que os outros sentem medo das minhas estranhices;
De morder meus lábios e descamá-los;
De roer unha (inclusive as do pé);
De mexer com a perna, com o pé, com o braço, com a mão, com o dedo...;
De me arranhar quando quero coçar;
De abotoar e desabotoar os botões de cima do meu jaleco;
De abrir e fechar zíperes;
De fazer segunda voz que QUALQUER música que eu esteja ouvindo;
De parar uma coisa pela metade, só pelo prazer de começá-la novamente.

Enfim...
Talvez isso seja mesmo TDH.

Supernova.

    Quer saber? Sobre aquilo que falei: talvez me tornar inferior... Acho que me fez bem. Não vivo mais na paranóia por causa disso, sou livre de mim mesmo. E isto, definitivamente, não tem preço.


    Acho que não vou tentar te superar, não. Só conhecer como é, e saber não cair na armadilha já está de bom tamanho. Uma cobra não precisa dar o bote em outra para demonstrar quem é a mais forte, às vezes só a forma de cuidar da presa já informa tudo. Não nos remetendo a instintos ofídicos, mas acho que podemos nos enxergar apenas pelo calor de nossos corpos. Sendos eles uma vez um, ou não.

Maquinária.



    Eu perdi.
    É difícil admitir isso, e, sinceramente, é insuportável pra mim, mas é a mais pura verdade. Como ninguém jamais conseguira fazer, você me cegou, me fez pensar no que você queria que eu pensasse, me faz falar o que você queria que eu falasse, me fez fazer o que você queria que eu fizesse, me fez sonhar o que você queria que eu sonhasse, me fez estar aonde você queria que eu estivesse. Com simples palavras e todo um jogo estratégico, você me posicionou, me manipulou, me preparou, me deixou ali, esperando para para o seu deleite.
    Ainda acho inaceitável. É demais para o meu orgulho. Eu jamais pensei que fosse encontrar alguém igual a mim, com este mesmo pensamento, esta mesma forma de fazer sentir inferior apenas expondo verdades de um jeito perene. Não sei se eu me tornei inferior devido aos últimos fatos, se você é superior demais, ou equivalente o suficiente para saber controlar algumas coisas. E achar que está por cima.
    Eu já não sei mais o que falar. Não sei mais o que pensar. Estou perdido. Ponto. E ponto final. Mas ainda bem que posso começar outro parágrafo. E, tentando repor meu orgulho, objetivo te superar. Espero que seja possível. Todavia, congratulations. Você é o primeiro.

sábado, 10 de setembro de 2011

Uma redação; Química: nossa vida, nosso futuro.


                Pode-se considerar que tudo começou há milhões de anos quando o primeiro átomo pôde se juntar a seu igual e, então, gerarem a primeira molécula. Esta, por sua vez, logo se apressou a complexar-se novamente, e nesta cadeia infinita de ações e reações surgiu o primeiro ser vivo, ainda muito pequeno, mas com tamanho e qualidades suficientes para evoluir.
                Em constante movimento estes átomos e moléculas continuaram nesta rota interminável de progressão, gerando o primeiro ecossistema. A vida já existia e coexistia, mas ainda faltava algo para que esta pudesse ser perpetuada de maneira evolutiva. A coabitação surgiu. A variabilidade genética começou, e, a partir daí, do mesmo ciclo vicioso que ocorrera anteriormente, diversas espécies de diversos gêneros, famílias e reinos começaram a crescer e a se expandir, vivendo em condições simbióticas. Poucos progredindo para uma realidade independente.
                Surgimos, então, nós, os primatas. Ou, pelo menos, o que éramos antes. O decorrer dos anos continuou, mais espécies surgiram, o canibalismo foi instituído, a cadeia alimentar, os habitats próprios, costumes das diferentes raças, entre outras coisas. Mais alguns anos e chegamos ao que somos hoje: seres dotados de uma superior inteligência e desenvoltura e que, por isso, subjugam todos os outros como se fossem munidos de onipotência.
                A evolução não pára por aí, tudo esteve tão ligado e quimicamente reativo que nem percebemos que aquelas mínimas partículas responsáveis pela origem da primeira forma viva permanecem da mesma forma que eram antigamente, em sua essência, apenas em agrupamentos distintos, o que, definitivamente, causa toda a diferença. Cada gota de água, cada fração do ar que respiramos, cada desastre também tem seus fundamentos na origem de tudo, também veio do mesmo lugar que nós, que somos os atuais responsáveis pela manutenção homeostática deste ecossistema.
                A vida é muito mais do que um conceito inacabado de humanos que nascem, amadurecem, se reproduzem e morrem. Todos tivemos a mesma origem, mas é absurdamente inaceitável o modo como alguns se esquecem disso, pregando a lei do mais forte, subjugando até mesmo semelhantes da própria espécie. E assim, mais uma vez, os átomos “evoluíram”, contudo agora de forma diferente, para uma coisa que não se constitui de ligações químicas, passível às leis da termodinâmica e hidrostática, mas que comporta uma conjuntura de inúmeras outras regras dentro do organismo anteriormente formado na cadeia evolutiva, uma coisa composta de sentimentos: o preconceito.
                Esta arma letal tem dominado a “raça superior”, fazendo com que ela, percebendo, ou até mesmo sem perceber, se destrua cada vez mais, se decompondo, se desmaterializando, tornando ao pó aquilo que antes não passava de poeira. E assim nasce a morte por causas não naturais, seguida de vários outros fatores não mencionados aqui, mas que, infelizmente, contribuem para a transformação da matéria, subjugando a primeira lei formada (“nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”), já que, com isto, perdemos nossa essência, não havendo razão, nem condições, para se fazer um futuro.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Verde e amarelo.



    Já faz tanto tempo que eu não visto verde que nem sei mais se cai bem em mim. Tenho um certo medo desta conjectura, mas... o que posso fazer? É a realidade. O amarelo tem caído tão bem que não consigo mais me preocupar com o verde, sentir prazer nele, pensar nele. Tenho pensado amarelo, visto e vestido amarelo, sentido amarelo. E, não, não é nem um pouco cômico ou legal porque, se tratando de mim, o verde é que seria o ideal (ou natural, do jeito que você preferir).
    Às vezes ainda gosto um pouco de rever o verde. Fico pensando se eu não posso me definir como um cara de duas cores. Afinal, sair por aí com uma camisa amarela na frente e verde atrás não seria nada ruim (ou terrível, dependendo do seu ponto de vista).
    O fato é que: depois de usufruir muito de uma coisa, você SEMPRE acaba se cansando dela, e passa a querer conhecer coisas novas (por isso o amarelo). Mas a grande merda é que: nem todos pensam assim, nem todos NUNCA vão pensar assim. Mas... quer saber? Dane-se. Com o verde tentava ser o certinho, aquele que sempre seguia as regras, comportado, e tantos outros mais sinônimos com acréscimos. Com o amarelo, passarei a ser tudo aquilo que eu não pude, não quis, não consegui ser/ter, e vejo isso como duas personalidades. Mas até o momento em que uma faça a outra sucumbir, serei listrado, cor sim, cor não. Um dia inverno, no outro verão.


    Pra terminar sendo bem viado e parafraseando a esfinge grega: "decifra-me, ou devoro-te".

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

728.



    É incrível como certos números marcam nossas vidas, e ainda mais incrível a posição em que nos encontramos devido a eles. Como já dizia um bom e velho provérbio: um dia é da caça e o outro há de ser do caçador.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Apfelstrüdel.



    Sabe, já faz tanto tempo desde que não nos vemos... Foram pouquíssimas vezes em dias agitados e lotados. O engraçado é que eu lembro como se fosse hoje, teus olhos verdes, cabelos acastanhados, altura, modo como, de esguelha, olhava pra mim um pouco mais do alto, o boné azul - causa esta de reconhecer-te nos outros dias em que te vi, mas não porque esqueci das tuas feições, mas porque era a primeira coisa que eu procurava.
    É cômico pensar que apenas um dia ficou tão fortemente marcado na minha lembrança. Sua cabeleira mais alourada depois de retirar o boné, as palavras, os atos, o olhar, a forma como me evitou no final, o sorriso, a surpresa, o rostinho angelical, peralta e infame, novamente o boné azul.
    Procurei-te durante vários dias neste ano. Não te achei. Fiquei triste pensando no que poderia ter acontecido. Aparentemente estamos tão perto, mas é muito longe se eu for pensar que o perto percorre uma distância consideravelmente vasta, pra qualquer lugar que seja Rio, e talvez não mais ele.
    Olhar para as árvores me lembra você. Passar por Triagem, observar o quartel vazio, sem ninguém fazendo qualquer coisa relativamente signicativa quando olho pra ele, todos os dias, de cima, tudo isto. Ainda sinto esperança de te ver olhando pela janela do carro, andando na rua, pensando, distraindo...
    Foi tão bom, não foi? Pena que, até hoje, não foi de novo. Felizmente a maioria das marcas se vão depois de umas duas horas, mas, curiosamente, outras singelas persistem por mais tempo, chegando a causar rombos em anos. Será que você entende?
    É, quem sabe? Me acha de novo, me chama. Aliás, você nem sabe meu nome, e o mesmo serve pra mim. Prazer, Douglas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Garotos não resistem aos seus mistérios...



Garotos nunca dizem: "não".
Garotos, como eu, sempre tão espertos, perto de uma mulher...

São só garotos.

Porque certas mulheres como você me levam sempre aonde querem.

sábado, 27 de agosto de 2011

'Cause all I do is think of you




      Letras, melodias, canções completas, versos, estrofes, e tantas mais formas de expressão poética invadem minha mente no ensejo de que eu possa expressá-las positivamente para alguém, mas confesso, isto não é palatável. É como se existisse a vontade, mas falta aquilo ou aquele (a) com quem compartilhar. Não me sinto seguro para dizer isto a ninguém, e o interessante é que me sinto seguro pra dizer aqui, onde sei que bem mais pessoas ficariam sabendo do que se eu escolhesse à dedo a quem falar.
      É difícil admitir que existe um desejo intrínseco a todo ser humano, e que eu me reprimi dele há, mais ou menos, um ano. Contudo, mesmo reprimido, ele insiste e tenta se expor. A verdade é: eu não o quero, e nem sei como concretizá-lo. Até porque é um desejo vazio, sem bases para se apoiar, desestruturado, nascido e crescido em um universo imaterializável, sem condução, propagação, radiação, refratação ou qualquer outra espécie de condução física conhecida na face deste planeta inexorável.
      A partir deste ponto, então, eu começo a pensar: será que a mentalidade humana é tão dependente de outro, seja ele um amigo, um parente, ou any other? Já li algo sobre dependermos de alguém desde o momento em que nascemos, para nos ajudar a sermos concebidos, até o momento em que morremos, quando mãos nos recobrem de terra. O questionável é por quê pessoas como eu e você decidem não necessitar dessa ajuda, ou gostar dela apenas na falta.
      E se eu for me delongar em outras inúmeras explicações, especulações e palavras ao vento, vou tornar ainda mais confuso este modo engraçado de perceber as coisas. É por isso que as pessoas param e não pensam sobre isso, é prolixo demais, mesmo sendo ao mesmo tempo fascinante. A verdade é, assim como eu, todos se esquecem disso, and all we do is think of you.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Noite fria, você e inverno, além de todo o resto.




     A noite. Cai mais uma vez como todos os dias faz, de maneira tênue, suave, não abrupta, mas ainda assim me surpreende. Diferentemente de um amigo seu: o frio. Repentino, passageiro, vem só pra deixar uma marca e logo se esvai. A noite vem, mas volta para o lugar de onde veio a cada dia. O frio vem, não se sabe quando, muito menos a sua volta. O que será, então, melhor? Aquela que chega, sabendo-se sempre, com uma monótona rotina de idas e voltas e hora marcada? Ou aquele que vem de surpresa, te rouba, usurpa, e se esvai da mesma forma que veio: sorrateiro?
     Mas nunca se passou pela sua mente que o mais coerente seja a presença dos dois? Feito como um eclipse: demora, demora, demora, mas quando chega, quando calha de o sol e a lua se adequarem em um emaranhado de projeções ópticas, tudo para para observá-los em sua dança lenta, tênue, suave, e ao mesmo tempo abrupta e passageira. É como se as características de ambos se unissem para formar algo melhor: algo que é previsível, mas que, ao mesmo tempo, deixa a saudade da vontade de ver de novo. Algo como você, mas que demora tanto tempo, que a vontade de te ver é quase a mesma coisa que não mais querer fazê-lo, pois talvez isso só leve a mais desesperados anos pensando na próxima aparição, na próxima junção. E, se isto só pode acontecer no inverno, se apresse, pois a primavera está chegando, e depois dela, o frio só retorna ano que vem, mas a noite continua aparecendo todos os dias, de forma diferente, livre, leve, solta.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Você não pode mensurar o poder que tem...

   Sobre mim, sobre tudo. É inacreditável, mas é verdade. E o pior: você sabe.

domingo, 31 de julho de 2011

And you said hey

   Aquele sentimento nostálgico é absurdamente invasivo quando você tenta se manter impenetrável, e as lembranças, vontades, alegrias, tristezas, todas voltam como uma enxurrada de momentos bombardeando sua pobre mente desamparada.



   Cheguei aqui pensando em dissertar sobre algo, narrei uma outra coisa TOTALMENTE diferente, e agora encontro-me perdido em pensamentos novamente. Vou deixar tudo pra tás, minha mente só consegue pensar em três coisas:
1. The Magical Quill;
2. Volta às aulas amanhã;
3. The reason why-y-y-y i smi-i-i-ile
    I know that i am a crazy bitch.


p.s.: a foto é só uma imagem de heterocromia felina. Acho isso lindo, tanto em humanos, quanto em felinos ou qualquer outro tipo de animal.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

I've been waiting my whole life for a someone like you...

To go and steal my heart just the way you did.

Did it hurt when you fell from heaven?

I've been waiting my whole life for a someone like you, to go and pick me up, and take away my blues.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O que realmente é MUITO bom.


    Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, um grito desesperado de alegria e excitação invade minha alma. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, quero mais momentos desse. Jorros de conhecimento e sabedoria fluiram de lugares donde antes eu não via nada. Anatomia é realmente uma coisa linda.
   Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah.

   Tá bom, parei.


Grays's Anatomy ♥ (não a série, o livro)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"As palavras são nossa inesgotável fonte de magia".


   E é com essa frase que Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore completa sua participação na história dividida em sete e em oito partes de Harry James Potter.
   De fato, sem elas, não podemos fazer uma pena levitar, um trasgo dormir, uma parede sumir, uma porta abrir, uma luz acender, um mudo falar, parar o tempo, voltar ao presente, ficar invisível e poder vê-lo, vencer o mais forte e até mesmo voltar da morte. De fato, Albus Dumbledore estava, mais uma vez, completamente correto. 
   E essa foi a história mais linda que já conheci.
   A partir de agora, "mal feito, feito. Nox."

Toda mulher gosta de...



   Rosas é o cacetete! Ana Carolina mó mentirosa! "Às vezes são vermelhas, mas sempre são rosas". E eu ainda tenho a breve impressão de que esta música é ALTAMENTE ambígua.

O que realmente é bom.




   Quem diria que o mais divertido, de fato, é o mais perigoso? O gostinho do perigo é inestimavelmente mais radical do que a segurança. A adrenalina lançada no sangue paracrinamente estimula cada centímetro do corpo a se contrair e relaxar de prazer. É uma sensação realmente inexplicável.
   Quem diria que o mais velho, de fato, é o mais novo? O relacionamento que cresce é surpreendentemente alarmante. Sabe-se que é eterno antes mesmo de começar. Mas não é uma eternidade qualquer, é uma eternidade única, uma eternidade potencialmente desfrutável.
   Quem diria que estaria eu aqui, em tão pouco tempo, perecendo perante uma coisa tão abrupta que nem mesmo eu sei explicar? Surgiu e já veio a brotar. Hoje, e a partir de então, só espera sexta-feira chegar.
   E agora? Ando seguro ou incerto? Na novidade ou no comodismo? No hoje ou no amanhã? O que realmente é bom? O que realmente é certo?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Perto demais.


   Você está perto demais de um grande acontecimento em sua vida. Algo que jamais acontecerá novamente. Algo que marcará o fim de uma era e, consequentemente, o início de outra.
   Você pensa, repensa, pára e olha tudo ao redor. Imagina um momento claro, bonito e cheio.
   Neste instante você se depara com um pesadelo. Alguém de capa preta, um pouco mais baixo que você e bem mais esguio se aproxima com um extirpador de ensejos em sua mão, deseja-lhe bom dia, boa tarde, boa noite, o que for. Você, educado como sempre fora, retribui os cumprimentos modestamente e volta-se a seguir seu rumo visando alcançar aquilo para o que nascera o dia de hoje. Ao terceiro passo, o vulto esguio desaparece, na verdade, tudo desaparece, e você só se vê em um lago negro, banhado em uma luz verde inebriante. Um barco com um remador espera-o à margem do rio. Instintivamente você sobe, conversa com o remador, contudo ele não te diz nada. Rema até o meio do rio, o vulto esguio enegrecido surge novamente e, desta vez, te empurra para dentro do lago banhado ao verde melancólico. Você se sente sucumbir, sente desespero, sente dor. É lancinante, enlouquecedor. 
   O mundo pára de se agitar. O dia acabou. Você acordou, mas isso não quer dizer que chegara perto daquilo que um dia ansiara. Hoje não é mais ontem, e as dores desta mudança ficaram presas para sempre em seu interior.
   Você acordou, mas isto não é prova alguma de que permanece vivo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

3 passos.



    O primeiro passo é sonhar. Sonhar é inevitável. Não há quem não sonhe. É ótimo sonhar.
   Sonhos nascem pequenos, se nutrem, crescem e frutificam, dando origens a sonhos que podem nascer pequenos novamente, ou a sonhos que já nascem maiores.
   O único problema em sonhar é quando os frutos começam a ser grandes demais e puxam a árvore para baixo. O mistério disso tudo é saber como sonhar (segundo passo), para não se frustrar e fazer sua árvore cair com o peso de seus sonhos inalcançáveis, fazendo isso até que sua semente inicial torne-se uma brava árvore, resistente, imponente, grande. Aí sim pode-se dar o terceiro passo: aqueles sonhos grandes, que outrora não podiam ser cogitados, hoje, agora, aqui eles podem vir à vida e amadurecer até o momento em que serão desfrutados, como um saboroso produto do seu trabalho árduo para o crescimento daquela pequena semente, a que mais demorou, a que mais custou, a que mais frustrou. Aproveite este momento, ou simplesmente, esforce-te para chegar nele, ou ainda, numa opção mais cômoda, chore e não faça nada.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Verdes, sem mais.


Têm dias que são como todos os outros dias. Têm dias que são inesquecíveis.
Têm dias que você procura e não acha. Têm dias que você simplesmente encontra.
Têm dias que o que mais lhe chama atenção passa do outro lado do mundo. Têm dias que ele chega bem mais perto.
Têm dias que você quer. Têm dias que você não quer.
Têm dias que você precisa de um amigo. Têm dias que ele precisa de você.
Têm dias que são verdes. Outros dias são azuis, castanhos ou seja o que for.
Mas, sinceramente, verde sempre foi a minha cor favorita. E são nesses dias que acontecem coisas que perduram por muito, muito, muito tempo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Wonderwall

   Uma coisa que é comum a todos os povos, todos os gostos, todos os sexos, todos os intermediários, todas as idades, a todas as coisas: meninos e meninas pensam igual.
   Alguns duvidam, mas no fundo, todos somos parte de uma mesma gota de água em um pequeno copo d'água. Pensamos que somos gotas únicas, em um vasto oceano. É até engraçado pensar assim, é como se fossemos grande coisa, como se fossemos algo a mais do que realmente somos. Nunca conhecemos, nem conheceremos o oceano, nunca seremos uma gota nele. Somos mais do que isso, ou menos, depende sempre do seu ponto de vista. Um oceano é 6,023x10²³ vezes maior do que um copo d'água, por isso, uma gota no último vale mais do que uma no primeiro.
   A verdade é simplesmente esta: somos iguais, no mesmo lugar, falando das mesmas coisas, vivendo as mesmas coisas. A diferença é que uns conseguem perceber isto, outros, ainda que percebam, não conseguem expressar, outros ainda estão cegos e, os piores: aqueles que não querem ver.
   O grande mistério disto tudo é sempre haver alguém para quem contar, para falar. E sabe de uma coisa? "There are many things that I would like to say to you, but I don't know how.". Queria saber.

sábado, 18 de junho de 2011

Uma música.


La Valse d'Amélie - Yann Tiersen.
     Ia escrever outra coisa totalmente diferente, movido pela impulsividade e alegria. Acalmei-me. Repensei. Não há nada melhor do que deixar palavras soltas ao ar, pois aquele que as pegar, será o ser mais sortudo do universo, possuindo a chance de desmembrá-las em uma poética frase, melódica composição, à luz de velas e ao suave teclar do piano. Pegue-as, junte-as, ouça-as, viva-as. Só isso. Obrigado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Paranóia

   Parece que todas as histórias se uniram ao mesmo tempo e agora não dá mais para se perceber os detalhes de cada uma delas. É como se as coisas mais sutis que dão o gosto único de cada acontecimento se esvaísse e desse lugar à normalidade exatamente igual de todos os contos, séries, dias, chuvas, noites, cisnes, galhos, tabelas, números e cores.
   O sonho torna-se realidade e a realidade não é mais real, o sonho torna-se um sonho novamente e este sonho não deixa de ser aquilo que eu sonhei quando eu te disse que aquilo que eu havia sonhado não passava de coisas que realmente aconteceram de verdade em um sonho distante de um dia, ou melhor, uma noite, real.
   Abrir a cabeça e descansar não é uma opção, há muitas coisas pra fazer, quem disse que eu estou em estado diferente? Apresento-me perfeitamente normal, não há mudanças em minhas palavras, até mesmo acordei ontem com vontade de dormir naquele dia frio que fez depois do dia que sucedeu o dia posterior ao anterior de anteontem.
   Porque quando eu sorrio eu apenas lembro de você e que você é a única razão que me faz sorrir, porque o que antes fazia-me triste hoje não existe mais em você porque você não existe mais no mundo que eu vivo, porque eu vivo em um mundo onde tudo não existe, ou existe de uma maneira diferente, diferente da maneira que você pensa que as coisas existem quando elas, na verdade, são verdes e utópicas.
   Calma, tá tudo bem, não há nada o que temer. João veio aqui em casa hoje e conversamos sobre o destino já traçado de Sophia. Acho que ela não vai morrer, até porque o irmão dela a ressuscita, ou não, aquilo pode ter sido apenas uma história, pra quê dar valor a contos infantis, não é? A verdade é que nem sei sobre o que João falou, só sei que se baseou na irrealidade verdadeira do surrealmente inespecífico momento em que ele se encaminhou até a minha casa para tratar de um assunto muito peculiar: eu.
   Novamente os detalhes se perdem. Não há como entender tudo, não há como lembrar de tudo. Informação demais, tempo de menos. Não é influência de kryptonita prateada. Nem mesmo aquela nota pôde ser percebida, ou aquele cara preso em uma árvore, apenas o olhar hipnotizante centralizado no âmago da mente pode prender toda respiração proveniente de um emaranhado colorido de luzes cintilantes refletidas e/ou refratadas em uma espécie de balança, onde se encontram as palavras profanadas, crucificadas ao inverso daquilo que antes fora uma língua suave, doce e pura. Desespero.


p.s.: não reparem se houver erros de português ou concordância ou whatever. Escrevi esta paranóia em menos de 5 minutos, olhando em menos de um minuto pra esta foto e digitando tudo o que me vinha a mente. Achei que o texto perderia todo o sentido se não fosse escrito desta forma, e sem revisão.

domingo, 29 de maio de 2011

Dedilhar.

 
 
     Não existe nada melhor do que um dedilhado suave e perene. É até melhor do que um solo de piano. É até melhor que a distorção de uma guitarra. A suave desenvoltura manual é um dos sons mais preciosos que alguém é capaz de fazer. Independente das notas que compõem uma melodia, independente de quem a faz. Um simples dedilhar tem o poder de acalmar os corações, apaziguar as frustrações, reparar as indecisões e, o mais importante, renovar as invenções.
     Independentemente da hora, local, ou pessoa. Um dedilhado pode mudar toda a história.




sábado, 21 de maio de 2011

I have tried.

    Tentei. Tentei muito gostar de vocês. Tentei de verdade. Tentei até mesmo quando não queria mais tentar. Mas mesmo tentando, vocês me obrigam a desistir. Tentei de novo, não me importei com o que me diziam ou faziam. Tentei mais uma vez. Continuei tentando. Cheguei em um momento que decidi ouvir vocês. Não tento mais. E tudo o que eu tentei agora fica retido na memória. E não mais esquecerei. Tentei mais de seis vezes. Tentei mesmo. Agora a única tentativa é me fazer esquecer disso tudo para tentar ser uma pessoa melhor, ou pior.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Desejos e incertezas de um inverno que bate à porta.

   Amo frio. Amo frio até mais do que gosto de calor. Com certeza amo mais ao frio.
   Adoro frio. Adoro frio até mais do que gosto de dormir. Com certeza adoro mais ao frio.
   Quero frio. Quero frio todos os dias do ano. Neve de vez em quando seria bom.
   Anseio pelo frio. E adoro saber que meu aniversário se dá em pleno inverno. A única pena é ser inverno aqui, e verão lá pra cima.
   Mas a questão aqui não é essa. A questão é que eu amo frio. Eu adoro frio. Eu quero frio. Eu anseio pelo frio.
   A única coisa que eu amo mais do que ao frio, está prestes a terminar, e por mais que eu quero que termine, também não quero...


   Accio July 15th!

Quatro letrinhas fundamentais. pt 3.

   Bem, não foi tão ruim assim. Foi melhor do que eu esperava, todavia, ainda foi ruim. Agora só preciso estudar que nem um corno no G2, e estará escrito AprovAdo em código quaternário no meu boletim.

Risos (rs).


   Definitivamente, não é nada disso do que você está pensando. Eu simplesmente adoro textos difíceis de serem interpretados.

A long time ago

   Há muito tempo atrás conheci uma pessoa. Não era uma pessoa muito empolgante, nem mesmo engraçada. Não era nada. Ao decorrer de semanas, meses e anos, este nada cresceu, passando por alguma coisa, grande coisa e quase tudo. Beirou a borda de tudo, mas antes que pudesse voltou ao alguma coisa.
   Nada é muito forte, nada acaba em nada. Sempre leva-se alguma coisa de alguém. Sempre se perde alguma coisa a alguém, ainda que esta alguma coisa seja um amor, uma amizade, uma confiança, uma mentira, uma verdade, um dia, uma noite, um céu, uma terra, um papel, uma pequena porção de petróleo refinado convertido à tinta de caneta esferográfica azul (ou preta), um tudo.
   Pouco tempo depois, conheci uma outra pessoa. Esta sim, se tornou meu tudo. Foi meu tudo durante um curto período de tempo. Abri os olhos e vi o que estava à minha volta, vi que dei tudo a quem chegou neste lugar muito rápido, a quem não merecia e, mesmo sob avisos, permaneci. Até que em um outro curto período de tempo, este que chegou a tudo, turvou-se ao nada novamente.
   Tudo... Nada... Muito subjetivo, muito objetivo.
   Hoje meu nada permanece lá, e meu tudo está em algum lugar. Prefiro não ter nada, do que ter tudo da maneira errada. Prefiro ser nada, do que ser tudo o que eu não deveria ser. Prefiro não saber nada, do que saber tudo o que não deveria saber. Prefiro olhar ao nada, do que enxergar tudo o que eu não deveria ver. Prefiro o nada, o tudo é muito complicado.
   O engraçado é que, um do o pouco de tudo o que somos, felizmente fica com aquele que torna-se nada, ensinando-o como ser tudo o que ele não foi. A partir deste momento, aquele que antes era nada começa a receber um pouco do seu tudo, e, com isso, torna-se um outro tudo, mudado, transformado, sem nada do tudo que ele era antes, mas fazendo este tudo verter-se ao nada, para que possa ser preenchido pelo tudo que recebeu. Este, então, é um nada, preenchido pelo TEU tudo.
   Mesmo que por mil compreensões, não se pode compreender o incompreensível. O tudo é simplesmente tudo, e o nada, nunca vai deixar de ser nada. Até que um dia os dois se encontrem e, por equilíbrio de forças, o tudo perca, e o nada ganhe. O que perpetuará até que a humanidade alcance a homeostasia total.
   Enfim... Tudo... Nada... É tudo muito subjetivo... Não tem nada verdadeiramente objetivo. Complicado demais pra entender. Fácil demais pra não se ver.
   Fiquei em dúvida sobre que foto pôr. Uma pode significar tudo, e a outra, por mais que isso pareça pleonasticamente repetitivo, não passa de nada.
   Pra mim isso é tudo. Pra você pode ser nada.