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domingo, 13 de novembro de 2011

Rascunho que não será completado, mas que já exprime coisas demais para se suprimir de tornar-se um texto.

    Eu estive triste por alguns dias. Sabe, tristeza não é algo que vem e vai embora rápido. Ela chega por algum motivo, e só se vai devido a outro, ou até mesmo pela inversão de valores do motivo que a fez vir.

    Percebi que esta minha tristeza estava aqui por causa de mim mesmo, e ninguém mais. Resolvi mudar. Mudar radicalmente. E mudei. Fiquei duas semanas mudado. Senti um vazio. Falta do que eu fazia e era antes. Pensei em não ser mais tão radical e afrouxar um pouco as rédeas, mas isso não era a solução.

    Resolvi mudar novamente. Tentei. Não consegui. Alguns fatores me fizeram permanecer neste estado e, sinceramente, eu gosto deles. Estou feliz por estar me divertindo mais, me esbaldando mais, me aproveitando mais, e aproveitando mais aos outros também. Aí sim eu mudei. Pensei que estava exagerando demais nessa perpetuação da minha mudança radical e, de fato, estava. Parei pra olhar muitas coisas que havia feito e me arrependi. Mudei novamente. Mudei. Mudei. Transmutei.

    E aí você me pergunta o que sou hoje, no que me transformei, o porquê de eu mudar tanto? Eu te respondo que sou a mesma coisa de sempre, do mesmo cara de sempre, pelo mesmo motivo de sempre. E aí você fica confuso e me pergunta: "ué? Mas não tinha mudado?". E, novamente eu te respondo brevemente: "sim", porque acho que apenas uma sílaba é suficiente para responder algumas perguntas, ainda que após a resposta pairem dúvidas no ar e, sem dúvidas, esta é a intenção.
  

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