Pages

sábado, 27 de agosto de 2011

'Cause all I do is think of you




      Letras, melodias, canções completas, versos, estrofes, e tantas mais formas de expressão poética invadem minha mente no ensejo de que eu possa expressá-las positivamente para alguém, mas confesso, isto não é palatável. É como se existisse a vontade, mas falta aquilo ou aquele (a) com quem compartilhar. Não me sinto seguro para dizer isto a ninguém, e o interessante é que me sinto seguro pra dizer aqui, onde sei que bem mais pessoas ficariam sabendo do que se eu escolhesse à dedo a quem falar.
      É difícil admitir que existe um desejo intrínseco a todo ser humano, e que eu me reprimi dele há, mais ou menos, um ano. Contudo, mesmo reprimido, ele insiste e tenta se expor. A verdade é: eu não o quero, e nem sei como concretizá-lo. Até porque é um desejo vazio, sem bases para se apoiar, desestruturado, nascido e crescido em um universo imaterializável, sem condução, propagação, radiação, refratação ou qualquer outra espécie de condução física conhecida na face deste planeta inexorável.
      A partir deste ponto, então, eu começo a pensar: será que a mentalidade humana é tão dependente de outro, seja ele um amigo, um parente, ou any other? Já li algo sobre dependermos de alguém desde o momento em que nascemos, para nos ajudar a sermos concebidos, até o momento em que morremos, quando mãos nos recobrem de terra. O questionável é por quê pessoas como eu e você decidem não necessitar dessa ajuda, ou gostar dela apenas na falta.
      E se eu for me delongar em outras inúmeras explicações, especulações e palavras ao vento, vou tornar ainda mais confuso este modo engraçado de perceber as coisas. É por isso que as pessoas param e não pensam sobre isso, é prolixo demais, mesmo sendo ao mesmo tempo fascinante. A verdade é, assim como eu, todos se esquecem disso, and all we do is think of you.

Nenhum comentário: