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sábado, 8 de janeiro de 2011

Matemática básica para avançados em sarcasmo

   É, amigo iletrado (tudo bem, eu sei que, na verdade, você, tecnicamente falando, possui muito mais letras do que eu), novamente encontro-me em frente a você esperando um raio de sol pairar sobre a minha cabeça e uma ideia mirabolante formar-se abruptamente em um universo reverso e perturbado dentro de mim. Felizmente, isto nunca acontece (sarcasmo).
   Minha vida tem andado meio sem gravidade, algumas protuberâncias são consequências desta força continuamente exercida sobre mim (e, provavelmente sobre você também). Argumentos psicossomáticos - nova regra ortográfica, BEIJOS, e não são 88 - nomeiam estas intempéries ocasionadas por confiança em demasia a enunciados relativamente estáveis facilmente encontrados em estruturas biologicamente desenvolvidas como tristeza.
   É, admito, talvez eu tenha declinado em 30º do atual ângulo reto para expressar algo tão superfluamente simples. Céus! Um cosseno de 1/2 não é bom pra ninguém, ainda mais quando acaba de partir-se do pressuposto que isto significa metade do que é esperado para alguém que deveria estar ao seu lado. TENSO, não?

   Pensar sobre isto causa-me uma horrenda nostalgia que força-me a retornar aos primórdios da minha consciência, onde não conhecia uma dúzia das palavras e/ou forças/equações descritas aqui SOMADAS. É, é bom saber que hoje isso alenta-me e acalenta-me daquilo que antes houve.

   Ok, desviei um pouco do caminho novamente, declinando mais 30º. Felizmente o cosseno de agora não é mais a metade do ser completo de antes. É um pouco mais da metade, pra ser mais exato, 1,73205081 vezes maior. Vendo por um lado de vista otimista, é quase o dobro, e aquele inútil metade de nada encontra-se agora de frente, onde posso espionar, precaver e não confiar, não mais.

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