quinta-feira, 24 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
Rascunho que não será completado, mas que já exprime coisas demais para se suprimir de tornar-se um texto.
Eu estive triste por alguns dias. Sabe, tristeza não é algo que vem e vai embora rápido. Ela chega por algum motivo, e só se vai devido a outro, ou até mesmo pela inversão de valores do motivo que a fez vir.
Percebi que esta minha tristeza estava aqui por causa de mim mesmo, e ninguém mais. Resolvi mudar. Mudar radicalmente. E mudei. Fiquei duas semanas mudado. Senti um vazio. Falta do que eu fazia e era antes. Pensei em não ser mais tão radical e afrouxar um pouco as rédeas, mas isso não era a solução.
Resolvi mudar novamente. Tentei. Não consegui. Alguns fatores me fizeram permanecer neste estado e, sinceramente, eu gosto deles. Estou feliz por estar me divertindo mais, me esbaldando mais, me aproveitando mais, e aproveitando mais aos outros também. Aí sim eu mudei. Pensei que estava exagerando demais nessa perpetuação da minha mudança radical e, de fato, estava. Parei pra olhar muitas coisas que havia feito e me arrependi. Mudei novamente. Mudei. Mudei. Transmutei.
E aí você me pergunta o que sou hoje, no que me transformei, o porquê de eu mudar tanto? Eu te respondo que sou a mesma coisa de sempre, do mesmo cara de sempre, pelo mesmo motivo de sempre. E aí você fica confuso e me pergunta: "ué? Mas não tinha mudado?". E, novamente eu te respondo brevemente: "sim", porque acho que apenas uma sílaba é suficiente para responder algumas perguntas, ainda que após a resposta pairem dúvidas no ar e, sem dúvidas, esta é a intenção.
Desejoincontrolável#
É o de discar oito números e ligar pra tua casa. Mas sei que não posso. Queira poder. Queria agora. Permita-me. Vontade absurda de ouvir tua voz me dizendo besteiras, ou até mesmo coisas sérias. Se o deitar-me e aconchegar-me em minha cama significasse que você estaria prestes a ligar, tenha certeza, não pensaria duas vezes em fazer isso. Nem que fosse só pra ficar rindo do teu silêncio, ou vice-versa. Queria poder. Mas sei que não posso. See you tomorrow.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
When you get what you want, but not what you need.
Queria escrever algo aqui. Mas pra quê escrever se as palavras estragariam a poesia?
Lights will guide you home and ignite your bones. Of course, believe me, I'll try to fix you.
sábado, 5 de novembro de 2011
Esquece?
Esquece tudo o que eu já disse?
Esquece tudo o que eu já pensei?
Só esquece?
Vamos começar do zero: você ainda não sabe de nada, eu também não. Talvez seja melhor assim.
Porque lembrando de você eu não consigo fazer bem a segunda coisa que mais gosto de fazer. E você não me deixa nem fazer a primeira, por embrulho de voz.
Isso não é um adeus, não é um fora, só é um "esquece".
Eu tenho saudades da época em que compor não era um fardo, e eu o fazia bem por amor, e não por processividade. Me dê uma razão pra inverter isto. Ou melhor: não, não dê nada, não. Só esquece.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Sozinho.
Eu só queria ser corajoso o suficiente pra publicar o que eu penso sobre isso aqui.
Confesso, posso ser corajoso pra muitas coisas, mas agora tenho medo.
Tenho medo por não ter você aqui.
Tenho medo por me sentir sozinho.
Tenho medo porque não sei qual será a tua reação.
Tenho medo porque posso falar demais, coisas que não quero falar, talvez até que não devesse (não agora, pelo menos).
Tenho medo porque acho que quanto mais aprendo sobre você, mais entendo que não sei nada.
Tenho medo porque quanto mais me achego, mais sei que me afasto.
Tenho medo de ser indelicado quanto à tua situação.
Tenho medo porque quanto mais fundo eu vou, mais consigo ver tua tristeza por algo que não posso ajudar a mudar. Não agora, pelo menos.
Tenho medo, mas isto não significa que demonstrarei isto a alguém. Nem a você. Não agora.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Olha eu.
Imberbe jovem ainda a perambular pelas ruas,
Suave, perene, mirando as pernas seminuas
Das pessoas que tragam o que não deveriam tragar,
Pessoas que levam o que não deveriam levar.
Imberbe jovem ainda a sonhar com as estrelas,
De aparências voluptuosas e austeras.
Anda vagando por simplesmente perambular,
Vaga perambulando sem saber por onde andar.
Teus pés confundem-me a mente,
Teus olhos convergem-me a demência,
Cataclisma sensorial advém em tua presença,
Já que é dela que escondo-me como transparente.
Tento tentar ser imperceptível,
Mas não consigo ocultar o avermelhar quando a ti me achego.
Tento não te olhar para o aproximar-se parecer intangível,
Mas refuso a ideia de perder a ternura do teu aconchego.
Ainda que isto seja apenas na utopia da minha humilde mente,
Já dissera uma vez aqui, a culpa é tua, que me deixa demente.
Comicamente decaio no meu próprio conceito de rasguardar,
Já que, em tão pouco tempo, me encontro em "a ti me entregar".
A noite já se finda e ainda estou aqui pensando em você,
Talvez não em você, mas no "nós" que poderia ceder,
Talvez não nós, talvez apenas eu,
Porque, contando em ceder, você já cedeu.
Quem sabe pra mim, ou pro Romeu.
A verdade é, jovem meu,
Que eu já quero ser teu,
Mesmo que você nem olhe eu.
Douglas R. Moura
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Entalpia.
É engraçado pensar sobre isso. É doloroso também. Mas, ao mesmo tempo, é feliz. Com cada perda, há inumeráveis ganhos. Ganhos que podem não ser vistos de imediato, mas que são percebidos posteriormente, e, às vezes, nem por você, mas por outros que se achegam.
O difícil é só parar pra aceitar e engolir essa fase de transição. Mas a vida é feita delas, cheia delas. E, entre cada uma destas, apenas um ou dois átomos da sua porção de ouro não se oxidam e se perdem. O engraçado é que, por ser um metal nobre, não é facilmente oxidado, contudo, pelo mesmo motivo, também não é facilmente reduzível.
Ainda pode ser bonito, mas não é mais como antes. Ainda pode ser ouro, mas não é mais tão valioso. Ainda pode retornar ao zero, mas a energia gasta pra isso é tão alta que não compensa. Sempre há uma chance. A questão é se estamos dispostos, ou não, a dispender tempo e energia pra converter um estado temporariamente não favorável. Ou se esperamos comodamente ele chegar a seu equilíbrio termodinâmico sem influência do meio externo.
O difícil é só parar pra aceitar e engolir essa fase de transição. Mas a vida é feita delas, cheia delas. E, entre cada uma destas, apenas um ou dois átomos da sua porção de ouro não se oxidam e se perdem. O engraçado é que, por ser um metal nobre, não é facilmente oxidado, contudo, pelo mesmo motivo, também não é facilmente reduzível.
Ainda pode ser bonito, mas não é mais como antes. Ainda pode ser ouro, mas não é mais tão valioso. Ainda pode retornar ao zero, mas a energia gasta pra isso é tão alta que não compensa. Sempre há uma chance. A questão é se estamos dispostos, ou não, a dispender tempo e energia pra converter um estado temporariamente não favorável. Ou se esperamos comodamente ele chegar a seu equilíbrio termodinâmico sem influência do meio externo.
Tinindo. Brilhando. Fosforecendo de limpo.
É como se você fosse alguém muito meticuloso e fachinasse meu coração: pra quem olha de fora está lindo, impecável, mas pra quem vive lá dentro está horrível porque não se consegue achar nada. Está tudo fora do lugar, e você nem sequer volta aqui pra me dizer onde escondeu minha felicidade.
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