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domingo, 15 de fevereiro de 2015

For the times I had with him

Um dia de chuva. Merecido para aumentar o estado bucólico em que se encontra toda uma população. População de amigos e de irmãos. Um evento não esperado. Um fim. A perda de uma continuidade. Um lugar onde uma vírgula deveria existir, lá foi suplantado um ponto final. Erradicando qualquer chance de vida. Qualquer oportunidade que poderia existir. Qualquer pensamento. Qualquer sonho.
Hoje um amigo querido se despede de um mundo ao qual ele pertencia devido a tirania do homem. Pelo simples desejo de matar, uma morte acontece. Machuca centenas de pessoas. Apaga a existência de uma.
As lágrimas caem do meu rosto e tornam-se em palavras. Uma chance foi perdida. Uma vida, morta. Uma chama, apagada. Um vento soprado ao longe.
As palavras começam a não ter ligação. O nexo se perde. A formatação torna-se imprecisa. O desespero toma conta. A dor. A angústia. Mais choro. Mais lágrima. Mais tristeza.
Hoje eu perco um amigo que via quase todos os dias. Mesmo que com um simples "E aí?" ou com uma conversa mais demorada. Qualquer coisa. A vida continua, mas um pedaço dela fica pra trás quando alguém que a gente preza falece.
Um quebra-cabeças com uma peça faltando continua tendo sua complexidade, mas jamais expressará a total beleza de todas as peças unidas em conformidade.
Uma peça foi perdida, não por desleixo, ou por falta de cuidados, mas por pura maldade.
E isso é o que dói mais. Tá doendo. Muito.
Abraço, irmão.
Rest In Peace.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Manhattan



    Não que seja um local aonde eu queira realmente ir, ou já estive alguma vez na vida, mas apenas mais um dos lugares que me fazem pensar e repensar em meio a pensamentos e repensamentos, inspirações e respirações de outras pessoas.
    Pensar naquilo que eu já fiz, o que eu não fiz, o que eu poderia ter feito, o que você poderia ter feito.
    Se Manhattan representasse a liberdade, eu daria tudo para tê-la, mas a liberdade é quem, de fato, aprisiona, pelo desejo de alcançá-la.
    Talvez se eu possuísse menos desse desejo, não estaria pensando nisso agora.
    Depois de muito tempo sem pensar em nada, eu finalmente volto a pensar.
    Poderia ter muita coisa, poderia não ter nada.

    You can have Manhattan, cause I can't have you.

    Acho que é o suficiente para dizer que a liberdade que vem de dentro. Na verdade, vem de fora, e está mais perto do que se imagina, ou mais longe, quem sabe.

domingo, 22 de setembro de 2013

Quando aprender?

Aquele maldito momento onde a razão supera a emoção e o que antes era escrito com tanto afinco, agora perde a magia e vira apenas algo monótono. Chegando ao ponto onde nada mais consegue fluir. E outro possível lindo texto é terminado pela metade.
Triste. Muito. :(

terça-feira, 23 de julho de 2013

Fogo que arde sem se ver, ou importar



     Aqueles dias em que o frio, mesmo não tão gélido assim, é suficiente para esfriar a chama que arde tão mansamente no âmago. Mesmo sem crepitar ou aumentar em, pelo menos, 5ºC a temperatura à volta, a chama queimava. Mesmo não havendo nada para queimar, ela ardia. Mesmo não tendo como arder, persistia. Mesmo sem vontade de persistir, ela vivia. Vivia sem a espera de um tempo em que recolher-se-ia em sua origem, tornar-se-ia às cinzas e, por fim, se apagaria.
     A rajada de ar frio perfurante e penetrante que sopra de forma a impedir as labaredas de moldarem sua desenvoltura agora vence a batalha. A chama outrora fraca, agora já não existe como fogo, mas como cinzas fumegantes, flamejando o último resquício de vida, na esperança de ainda voltar a arder. Viver, ainda que fracamente, é melhor que perecer. E é isto que não se quer.
     Na concepção de uma pobre chama, uma lareira necessita de lenha para se manter ativa a todo o tempo e prover a segurança do calor que impede que o frio invada, faça morada e, pouco a pouco esmoreça o desejo de continuar ali. Uma chama sozinha, crepitante por pequenos galhos secos inveja aquela que, juntamente com irmãs, queima, arde e surge como onipotente, consumindo o material à sua volta, trazendo de volta o conforto.
     Este é o pensamento que surge naquele estado em que as cinzas se dispersam, sendo sopradas mais uma vez por este vento que, não satisfeito em apagar, agora quer dispersar para conquistar, e reinar como soberano num lugar onde antes irradiava e transbordava aconchego.
     Mais um sopro. Outro. O que pensava ser o último. Agora só resta uma palha incandescente, com interior enegrecido e bordas avermelhadas, o último resquício de vida daquela chama não tão feliz, mas que clama por ajuda, anseia por alguém que se achegue, acolha-a e dê a ela mais uma chance de mostrar aquilo que ela nasceu para fazer.
     O último sopro. Um resultado não tão feliz. Acabou. O remanescente são as cinzas agora sem calor nenhum, dispersas no plano. Varridas para uma pá e normalmente colocadas em um cesto. Por fim, o frio tomou conta, reinou, imperou, dominou, conquistou. Não por muito tempo. Outro conjunto de galhos secos é ajuntado, outra faísca surge. Mais uma. Uma terceira vez. Uma quarta tentativa e uma crepitação se inicia na ponta do galho, fino como um palito, mas combustível suficiente para o iniciar deste novo ciclo.
     A vida retorna. Perene, suave, quente como antigamente. Mas esta não é mais aquela que se perdeu. Nascera de uma nova forma, de uma nova fonte, sem se importar com a semelhante anterior, e sem perspectiva do que acontecerá posteriormente. Mas o vento sabe. Ele continua ali. Continua a soprar. E não se cansa. Não se cansará.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Would be?

    E aí você chega em um mundo completamente novo e percebe que nada é diferente.
Bem, só uma coisa...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Uma palavra, ou duas

     Começar com um "obrigado" é sempre uma boa saída, não? Bem, deveria ser. Porque se o mérito não é totalmente seu, sempre deve-se responsabilizar alguém, e eu o responsabilizo pela mudança que ocorreu. O responsabilizo pela chama que reacendeste dentro de mim. Um amor que estava deveras enfraquecido e apagado, mas que recebeu os gravetos com espessura, tamanho e sequidão suficientes para o fogo crepitar, estalar e voltar a arder e queimar com toda a força.
     Obrigado porque agora sinto ainda mais vontade de terminar aquilo que comecei. Obrigado, muito obrigado, pela ajuda e motivação. Parece algo tão simplório, mas de simples e puro (por mais que nem seja tanto), tornou-se crucial. E aqui está uma modesta e gentil forma de agradecer-lhe, igualmente simplório como você, mas ainda assim crucialmente necessário pra mim.
     Vielen Danke. Thank you. Muito Obrigado.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Quase autoajuda / Keep holding on

      Agora as coisas começam a mudar. Não é mais aquilo que fora outrora. O clima muda. A hora muda. A estação muda. O lugar muda. A vida muda. A saudade surge, a vontade de olhar para trás torna-se iminente, a sensação de trabalho incompleto aparece, o arrependimento vem à mente, coisas que deveriam e/ou poderiam ainda ser feitas, desejos, vontades, anseios...
      A verdade é que nada disso mais importa, em breve iniciar-se-á uma nova fase, um novo momento, uma nova expectativa de vida. Tudo agora é diferente, as percepções, as pessoas, os costumes, os gostos. A única coisa que permanece intacta é a ambição, esta é a mesma de sempre, daquele garoto com seus pequenos 10 anos, e agora deste mesmo garoto, um pouco mais crescido 10 anos depois.
      Continuar seguindo em frente. Não olhar para trás. Focar. Estipular metas. Traçar ambições novas. Alcançar. Conseguir. Conquistar. Chega uma nova etapa desta vida efêmera. Nela encontro-me ainda mais no centro daquilo que realmente importa, voltado para quem eu realmente quero que esteja bem e que alcance aquilo que almeja: eu.
      Não há nada que possam falar que me faça ruir. Não há nada que possam intentar que consiga me fazer desistir. Não há nada que me faça parar de sonhar. Parar de alcançar. Parar de ser.
      So I'll keep holding on, 'cause I know I'll make it through.
 
Só relevar o vídeo e tratá-lo como se fosse uma simples música. Youtube decepcionando-me por não possuir um vídeo decente dessa música ¬¬'