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sábado, 27 de agosto de 2011

'Cause all I do is think of you




      Letras, melodias, canções completas, versos, estrofes, e tantas mais formas de expressão poética invadem minha mente no ensejo de que eu possa expressá-las positivamente para alguém, mas confesso, isto não é palatável. É como se existisse a vontade, mas falta aquilo ou aquele (a) com quem compartilhar. Não me sinto seguro para dizer isto a ninguém, e o interessante é que me sinto seguro pra dizer aqui, onde sei que bem mais pessoas ficariam sabendo do que se eu escolhesse à dedo a quem falar.
      É difícil admitir que existe um desejo intrínseco a todo ser humano, e que eu me reprimi dele há, mais ou menos, um ano. Contudo, mesmo reprimido, ele insiste e tenta se expor. A verdade é: eu não o quero, e nem sei como concretizá-lo. Até porque é um desejo vazio, sem bases para se apoiar, desestruturado, nascido e crescido em um universo imaterializável, sem condução, propagação, radiação, refratação ou qualquer outra espécie de condução física conhecida na face deste planeta inexorável.
      A partir deste ponto, então, eu começo a pensar: será que a mentalidade humana é tão dependente de outro, seja ele um amigo, um parente, ou any other? Já li algo sobre dependermos de alguém desde o momento em que nascemos, para nos ajudar a sermos concebidos, até o momento em que morremos, quando mãos nos recobrem de terra. O questionável é por quê pessoas como eu e você decidem não necessitar dessa ajuda, ou gostar dela apenas na falta.
      E se eu for me delongar em outras inúmeras explicações, especulações e palavras ao vento, vou tornar ainda mais confuso este modo engraçado de perceber as coisas. É por isso que as pessoas param e não pensam sobre isso, é prolixo demais, mesmo sendo ao mesmo tempo fascinante. A verdade é, assim como eu, todos se esquecem disso, and all we do is think of you.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Noite fria, você e inverno, além de todo o resto.




     A noite. Cai mais uma vez como todos os dias faz, de maneira tênue, suave, não abrupta, mas ainda assim me surpreende. Diferentemente de um amigo seu: o frio. Repentino, passageiro, vem só pra deixar uma marca e logo se esvai. A noite vem, mas volta para o lugar de onde veio a cada dia. O frio vem, não se sabe quando, muito menos a sua volta. O que será, então, melhor? Aquela que chega, sabendo-se sempre, com uma monótona rotina de idas e voltas e hora marcada? Ou aquele que vem de surpresa, te rouba, usurpa, e se esvai da mesma forma que veio: sorrateiro?
     Mas nunca se passou pela sua mente que o mais coerente seja a presença dos dois? Feito como um eclipse: demora, demora, demora, mas quando chega, quando calha de o sol e a lua se adequarem em um emaranhado de projeções ópticas, tudo para para observá-los em sua dança lenta, tênue, suave, e ao mesmo tempo abrupta e passageira. É como se as características de ambos se unissem para formar algo melhor: algo que é previsível, mas que, ao mesmo tempo, deixa a saudade da vontade de ver de novo. Algo como você, mas que demora tanto tempo, que a vontade de te ver é quase a mesma coisa que não mais querer fazê-lo, pois talvez isso só leve a mais desesperados anos pensando na próxima aparição, na próxima junção. E, se isto só pode acontecer no inverno, se apresse, pois a primavera está chegando, e depois dela, o frio só retorna ano que vem, mas a noite continua aparecendo todos os dias, de forma diferente, livre, leve, solta.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Você não pode mensurar o poder que tem...

   Sobre mim, sobre tudo. É inacreditável, mas é verdade. E o pior: você sabe.