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terça-feira, 28 de setembro de 2010

JFCK, uma história

    Jorge Foregsaw Charles possuía ardente raiva, ardente desejo de contorcer a outrém, ardente bulbornar, fogueoso estratificar. Era alguém a quem não devia-se creditar confiança alguma. Seus amigos chamavam-no de Charles, mas não o proveniente do inglês, o proveniente do germânico antigo, sendo, foneticamente, Karlex. E, de fato, era assim que preferia ouvir seu nome.
    Aos vinte anos iniciou-se no processo de adaptação e aderência àquilo que sempre vivera. Por quê? Karlex não pensa, quer o seu amor a qualquer custo, dana-se e o faz aos outros por um amor que, em determinados momentos - nos quais ele deveria se portar da mesma forma -, não endereça-lhe nem um terço de um todo infinito feito por sua carapaça aspártica.
    Karlex torna-se, então, inconsequente, inerente, não coeso. E isto deve-se a quê? Entende-se, é perfeitamente entendível, pois esperara mais de metade de sua vida para conseguir o que queria (contabilizando, 12 anos, pois se apaixonara aos oito, e vivera assim desde então, todavia, sua correspondência veio junto com seu ingresso na faculdade, aos 20 anos, Digo mais da metade de sua vida porque aos 23 anos, Karlex sofre um abscesso transmembranar meningitídico, o que lhe causa, em menos de cinco meses, seu óbito).
    Jorge Foregsaw conseguiu o que sempre quis, porém rapidamente o perdeu, e isto somente porque não soube ponderar. Jorge Foregsaw, Charles, Karlex, como preferir falar, foi a pessoa mais apaixonante e apaixonada que já conheci, e também a mais frustrante, desamparada. Um homem por quem valia à pena viver, porém não entendia-se a finalidade de morrer.

domingo, 26 de setembro de 2010

Abruptidão

   Notícias vem e vão num emaranhado de complexidade que não consegue-se entender. Ninguém absorve tudo realmente, ninguém se adequa a todas as hipóteses, ninguém é portador de todo o conhecimento. Dias e noites se passam desde um momento a outro e agora parecem que nem duas horas se passaram, porque o mundo girou e novamente encontro-me no mesmo lugar. A diferença é: o mundo girou. Uma volta foi mais que o suficiente para eu aprender a amadurecer.
   Tentei fazer uma lista para entender o que eu tenho que fazer para resolver determinadas situãções. A resposta é: nada. Não há absolutamente nada a se fazer, o que é para ser feito, fazer-se-á de forma individual.
   Penso e repenso sobre decisões tomadas, atitudes mostradas, passado, futuro, e, principalmente, presente. Como mencionei anteriormente, encontro-me no mesmo lugar deste mundo giratório, novamente vejo-me nesta equivalente situação. A experiência que hoje tenho não me é suficiente para fazer-me dizer algo de prontidão, até porque, aprendi que respostas abruptas não são as melhores saídas para nada. Por mais que seja necessário a perda, é necessário o tempo a que ela está acompanha.
   Encontrar-me novamente nesta situação não é motivo para vergonha, mas de orgulho, porque estou tendo a chance de fazer a coisa certa que antes não fizera e, sendo ela qual for, farei da melhor forma, com a melhor resposta, com louvor. E o "pra quê isso tudo?" será finalmente respondido, um sim, um não, um talvez, um espere, um sonho, um pesadelo. É a simples diferença entre o santo e o profano, aqueles que não se misturam, entre o céu e a terra, o mundo e Deus, o real e a utopia, eu e você, ele e ela, nós sem vós, vós sem eles, eles conosco.

sábado, 25 de setembro de 2010

AHN? Apoptose

    Passei anos e anos ouvindo esta mesma melodia em finais felizes. Hoje, ouço-a em um momento não tão feliz. Os dias escorrem como se fossem gotas de chuva deslizando sobre uma superfície sem atrito, as horas passam como o mecanismo de replicação da fita contínua (sem pausas), mas, mesmo assim, ainda sinto-me desolado. Não sei quem eu sou, não sei onde estou. Perdi meus trilhos, meus textos, minha vontade de escrever, perdi o fôlego, não respiro mais, faço fermentação.
    Abarrotado de pensamentos e coisas, ideologias, novidades, notícias boas e ruins, simplesmente um estado supra que qualquer pessoa possa chegar antes de entrar em apoptose. Esclarecidamente, a animação de qualquer pessoa - seja ela quem for - não vai fazer-me mudar o ânimo agora, porque as pessoas sempre tentam, mas nunca falam a coisa certa, ou fazem a coisa certa, que, no final, é simplesmente o mais fácil e simples de se falar ou fazer.
    É engraçada a vida, em devidos momentos nos faz sorrir, e em outros, chorar. Fica nesta extrema volatilidade, porém não é algo comum, tudo é intenso demais, tudo é forte, poderoso, imponente. Refletir sobre ela não é algo muito aconselhável em certos momentos, mas, ainda que seja assim, é a melhor coisa - sempre - a se fazer.
    Meus olhos estão secos, deles não emanam mais lágrimas. Posso-me definir como "assentimentado", aquilo que outrora já foi expresso em demasia, atualmente é impossível de expressar-se, ou simplesmente falar-se.
     Serodiamente falando, é invívido sentir-me desta forma, contudo não atípico. Deleitar-me-ei em meu pranto e esconder-me-ei em dentro de minha cápsula, minha fortaleza refugiadora. Digo, este é o parágrafo inexorável de meus textos (aquele que, de forma pragmatizadora, converte-os em ininteligíveis) onde 98% dos verbetes em geral não são captáveis por aqueles que os leem. Reflita sobre o bom lado, um dicionário faria seu vocabulário expandir.
     Passei anos e anos ouvindo esta mesma melodia em finais felizes. Hoje, ouço-a em um momento não tão feliz, todavia, quem disse que este é o final?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Desabafo, falomermo

   Já faz reconhecido tempo em que aqui não apresento-me, atuando com eu-lírico, ou mesmo com o "você-lírico", porque de eu, não existe mais nada.
   Confesso, não sei escrever textos inteligentes, obviedade é uma característica fluente em minhas veias, assim como o sarcasmo, de fato. E com estas duas características presentes em mim quero montar a última peça do quebra-cabeça (reforma ortográfica?), que confidenciará a todos quanto o lerem (refiro-me ao texto, não ao quebra cabeça =]) a possibilidade de entendimento.
   E aqui inicia-se, fatidicamente (em seus dois sentidos), o texto.

   Expressões expressas expressivamente em um expresso de velocidade expressionista significam que: você nunca verá algo tão relativamente rápido e direto escrito por mim. E o que quero dizer com isto é: sentimentos é uma palavra no plural, que indica dobro, ou qualquer outro tipo de múltiplo de uma palavra no singular: sentimento. Esta palavra sujeita-nos a perder, ganhar, falar, ouvir, crer, desacreditar, isso tudo, em várias coisas, no caso atual, em você (não se assuste, com certeza não é você em si - até porque só você lê o meu blog -, mas o você refere-se a outrém).
   Não consigo deixar de pensar no que pode vir depois, a minha extrema felicidade será perpetuada, ou ela turvar-se-á a outra coisa mais indigna? Espero que a primeira opção. Eu sei (I know) que tudo depende da minha decisão, e pra sua felicidade leitor (e saiba, por mais que eu reflita sobre, a minha também) continuarei acreditando nisto.
   É leitor, és querido para mim, a ponto de ser escrito um post apenas pra você, porque acho que não consegui terminar de dizer-te isto em um dos muitos/poucos (escolha o que quizer) dias em que te vejo.
  Enfim, that's all folks. Marcando presença aqui com um texto que nem parece que fui eu quem escreveu.
O que dá pra comparar é a foto totalmente nada a ver =]