Pages

terça-feira, 21 de junho de 2011

Verdes, sem mais.


Têm dias que são como todos os outros dias. Têm dias que são inesquecíveis.
Têm dias que você procura e não acha. Têm dias que você simplesmente encontra.
Têm dias que o que mais lhe chama atenção passa do outro lado do mundo. Têm dias que ele chega bem mais perto.
Têm dias que você quer. Têm dias que você não quer.
Têm dias que você precisa de um amigo. Têm dias que ele precisa de você.
Têm dias que são verdes. Outros dias são azuis, castanhos ou seja o que for.
Mas, sinceramente, verde sempre foi a minha cor favorita. E são nesses dias que acontecem coisas que perduram por muito, muito, muito tempo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Wonderwall

   Uma coisa que é comum a todos os povos, todos os gostos, todos os sexos, todos os intermediários, todas as idades, a todas as coisas: meninos e meninas pensam igual.
   Alguns duvidam, mas no fundo, todos somos parte de uma mesma gota de água em um pequeno copo d'água. Pensamos que somos gotas únicas, em um vasto oceano. É até engraçado pensar assim, é como se fossemos grande coisa, como se fossemos algo a mais do que realmente somos. Nunca conhecemos, nem conheceremos o oceano, nunca seremos uma gota nele. Somos mais do que isso, ou menos, depende sempre do seu ponto de vista. Um oceano é 6,023x10²³ vezes maior do que um copo d'água, por isso, uma gota no último vale mais do que uma no primeiro.
   A verdade é simplesmente esta: somos iguais, no mesmo lugar, falando das mesmas coisas, vivendo as mesmas coisas. A diferença é que uns conseguem perceber isto, outros, ainda que percebam, não conseguem expressar, outros ainda estão cegos e, os piores: aqueles que não querem ver.
   O grande mistério disto tudo é sempre haver alguém para quem contar, para falar. E sabe de uma coisa? "There are many things that I would like to say to you, but I don't know how.". Queria saber.

sábado, 18 de junho de 2011

Uma música.


La Valse d'Amélie - Yann Tiersen.
     Ia escrever outra coisa totalmente diferente, movido pela impulsividade e alegria. Acalmei-me. Repensei. Não há nada melhor do que deixar palavras soltas ao ar, pois aquele que as pegar, será o ser mais sortudo do universo, possuindo a chance de desmembrá-las em uma poética frase, melódica composição, à luz de velas e ao suave teclar do piano. Pegue-as, junte-as, ouça-as, viva-as. Só isso. Obrigado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Paranóia

   Parece que todas as histórias se uniram ao mesmo tempo e agora não dá mais para se perceber os detalhes de cada uma delas. É como se as coisas mais sutis que dão o gosto único de cada acontecimento se esvaísse e desse lugar à normalidade exatamente igual de todos os contos, séries, dias, chuvas, noites, cisnes, galhos, tabelas, números e cores.
   O sonho torna-se realidade e a realidade não é mais real, o sonho torna-se um sonho novamente e este sonho não deixa de ser aquilo que eu sonhei quando eu te disse que aquilo que eu havia sonhado não passava de coisas que realmente aconteceram de verdade em um sonho distante de um dia, ou melhor, uma noite, real.
   Abrir a cabeça e descansar não é uma opção, há muitas coisas pra fazer, quem disse que eu estou em estado diferente? Apresento-me perfeitamente normal, não há mudanças em minhas palavras, até mesmo acordei ontem com vontade de dormir naquele dia frio que fez depois do dia que sucedeu o dia posterior ao anterior de anteontem.
   Porque quando eu sorrio eu apenas lembro de você e que você é a única razão que me faz sorrir, porque o que antes fazia-me triste hoje não existe mais em você porque você não existe mais no mundo que eu vivo, porque eu vivo em um mundo onde tudo não existe, ou existe de uma maneira diferente, diferente da maneira que você pensa que as coisas existem quando elas, na verdade, são verdes e utópicas.
   Calma, tá tudo bem, não há nada o que temer. João veio aqui em casa hoje e conversamos sobre o destino já traçado de Sophia. Acho que ela não vai morrer, até porque o irmão dela a ressuscita, ou não, aquilo pode ter sido apenas uma história, pra quê dar valor a contos infantis, não é? A verdade é que nem sei sobre o que João falou, só sei que se baseou na irrealidade verdadeira do surrealmente inespecífico momento em que ele se encaminhou até a minha casa para tratar de um assunto muito peculiar: eu.
   Novamente os detalhes se perdem. Não há como entender tudo, não há como lembrar de tudo. Informação demais, tempo de menos. Não é influência de kryptonita prateada. Nem mesmo aquela nota pôde ser percebida, ou aquele cara preso em uma árvore, apenas o olhar hipnotizante centralizado no âmago da mente pode prender toda respiração proveniente de um emaranhado colorido de luzes cintilantes refletidas e/ou refratadas em uma espécie de balança, onde se encontram as palavras profanadas, crucificadas ao inverso daquilo que antes fora uma língua suave, doce e pura. Desespero.


p.s.: não reparem se houver erros de português ou concordância ou whatever. Escrevi esta paranóia em menos de 5 minutos, olhando em menos de um minuto pra esta foto e digitando tudo o que me vinha a mente. Achei que o texto perderia todo o sentido se não fosse escrito desta forma, e sem revisão.